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Actualização cartográfica segue a bom ritmo no Cuando Cubango

Lourenço Bule | Menongue Elautério Silipuleni | Ondjiva

Jornalistas

O processo de actualização cartográfica, que serve de antecipação para a realização do Censo Geral da População e Habitação 2024, decorre a bom ritmo no Cuando Cubango, garantiu, quarta-feira, na cidade de Menongue, o responsável provincial do Instituto Nacional de Estatística (INE).

22/02/2024  Última atualização 09H19
Agentes censitários do Cuando Cubango desenvolvem acções conjuntas com as autoridades tradicionais © Fotografia por: Lourenço Bule | Edições Novembro
Ruben das Dores Nunes disse, em declarações ao Jornal de Angola, que os resultados até agora obtidos nos municípios de Menongue, Cuchi, Cuito Cuanavale, Mavinga e Rivungo, onde já se concluiu o processo, são um indicativo positivo de que os trabalhos decorrem de forma satisfatória e na data indicada para o término do processo poderá atingir as cerca de 2.130 secções previstas a nível de toda a província.

Sem avançar dados sobre o andamento do processo, fez saber que o da actualização cartográfica para a realização do Recenseamento Geral da População e Habitação 2024 decorre em simultâneo nos municípios do Dirico, Nancova e posteriormente nas localidades do Cuangar e Calai.

O representante do INE em Menongue informou que os técnicos cartográficos têm enfrentado algumas dificuldades no terreno, principalmente no acesso a algumas localidades por falta de estradas em condições e devido ao estado técnico das viaturas do tipo Land Cruiser, atribuídas desde o processo censitário de 2014.

O responsável acrescentou, ainda assim, que as dificuldades encontradas no terreno não constituem impedimento para a concretização de todo o processo de actualização da malha cartográfica da província, tendo em conta que o INE tem sido apoiado com meios aéreos e camiões do tipo Kamaz pelas Forças Armadas Angolanas (FAA), para se atingir as zonas mais recônditas.

"A actualização da malha cartográfica a nível da província decorre a bom ritmo, apesar de algumas dificuldades que temos enfrentado no que concerne ao acesso a algumas localidades longínquas, mas com o apoio aéreo dos helicópteros das FAA, estes problemas estão a fazer parte do passado”, disse.

Ruben das Dores Nunes referiu, ainda, que a actualização cartográfica, que decorre desde o mês de Setembro do ano passado, tem o término previsto para Março e não é apenas um processo de contagem das comunidades, mas sim um procedimento que tem uma grande utilidade para que o Governo possa compreender as dinâmicas demográficas, socioeconómicas e habitacionais das populações.

O funcionário do INE no Cuando Cubango informou que para o êxito do processo de actualização cartográfica foram formados 36 agentes distribuídos em seis equipas.

O director provincial do INE no Cuando Cubango salientou que o inquérito de cobertura do Censo Piloto desempenha um papel fundamental na garantia da exactidão e da representatividade dos dados colectados, permitindo, assim, alcançar uma cobertura abrangente para que nenhuma comunidade possa ser deixada para trás.

O processo está a ser efectuado de forma digitalizada, através de tabletes para a recolha de informações da malha censitária da província.

Dispersão populacional no Cunene trava avanço

A dispersão da população no meio rural e o difícil acesso das vias, na província do Cunene, condicionam o processo de actualização cartográfica, para o Censo Geral da População e Habitação, previsto para o mês de Julho, disse, ontem, em Ondjiva, o chefe do Serviço Provincial do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Pedro Jacinto.

O responsável afirmou que devido à chuva que se faz sentir nesta época, muitas localidades do interior do Cunene são de difícil acesso, associadas ao modo de vida das populações da região em aldeias separadas entre 4 e 5 quilómetros, facto que está a dificultar a definição das áreas por alistar.

O chefe do Serviço do INE afirmou que o Cunene é constituído por chanas que em época de chuva são inundadas, impedindo a mobilidade de viaturas. O responsável acrescentou que para o êxito da campanha foram disponibilizadas cinco motorizadas, para facilitar o desdobramento das equipas em certas localidades onde as vias não permitem a circulação de viaturas. Em caso de necessidade, apontou a possibilidade de recorrer aos meios aéreos.

José Pedro Jacinto destacou o processo da actualização cartográfica que vai permitir definir o número de habitações, quantos agentes recenseadores são necessários para   esta operação, com vista ao êxito do Censo 2024.

O mesmo elogiou o envolvimento das autoridades tradicionais na condução das equipas para a localização das comunidades.

Segundo o chefe do INE no Cunene, o processo conta com 55 agentes cartográficos, dos quais 31 civis, 24 efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA), e uma representante de Cartografia do INE.

Para o Cunene, sublinhou, está prevista a actualização de cerca de 3.550 secções censitárias, cabendo a cada agente da área urbana registar 80 a 120 habitações, e do meio rural o número vai de 60 a 100 casas.

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