Política

Adiada Cimeira do Mecanismo Africano de Revisão pelos Pares

Edna Dala

Jornalista

A 33ª Cimeira do Fórum de Chefes de Estado e de Governo do Mecanismo Africano de Revisão pelos Pares (MARP), inicialmente prevista para acontecer ontem, por videoconferência, foi adiada, por falta de quórum, sem que fosse adiantada uma nova data.

08/02/2024  Última atualização 10H18
Secretária de Estado Esmeralda Mendonça representou o país na primeira participação no Fórum, desde a sua inscrição © Fotografia por: Edições Novembro
No encontro em que Angola se fez representar pela secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, em representação do ministro das Relações Exteriores, Téte António, os participantes solicitaram ao Chefe de Estado da Serra Leoa e presidente em exercício do Mecanismo, Julius Maada Bio, a reagendar a Cimeira para uma data a indicar e que seja presencial.

Antes do adiamento da Cimeira, e apesar da falta de quórum, o Chefe de Estado da Serra Leoa passou a presidência do Mecanismo para o homólogo da Argélia, Abdelmajid Tebboune, que deverá convocar o próximo encontro.

Os representantes do Mecanismo Africano de Revisão pelos Pares (MARP) analisaram, entre várias questões, a resiliência dos Estados, segurança alimentar, bem como a governança e os padrões da África Central no Comércio Livre, temas que incidem directamente no desenvolvimento do continente. Na reunião, que decorreu à porta fechada apenas com os representantes da maioria dos Chefes de Estado, foram igualmente abordados outros temas, como os desastres naturais e a importância dos recursos minerais como o "coração” da economia.

Composta por 44 países, o MARP é uma plataforma de avaliação interactiva de cooperação e interajuda para promoção dos Estados africanos e evolução das suas sociedades, com vista ao crescimento próspero, coeso, unido e seguro. Tem também como objectivo a cooperação politica, económica e diplomática, visando aferir a boa governação, democracia e desenvolvimento socioeconómico dos Estados-membros.

Estas avaliações têm sempre em conta as implementações da Agenda 2063 da União Africana, subordinada ao tema "A África que queremos”, e a Agenda 2030 das Nações Unidas, relacionada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Angola participou, pela primeira vez, no Fórum desde a sua inscrição, em 2004. Enquanto Estado-membro, o país já apresentou como contribuição para o desenvolvimento sustentável um roteiro que engloba as realizações de seminários direccionados a instituições-chave, associações da sociedade civil e das mulheres, entre outros organismos.

Como resultado do seu engajamento nos programas que reflectem o espírito da organização, Angola encontra-se num estágio mais avançado relativamente a alguns países membros no que diz respeito à implementação dos cinco pilares fundamentais do referido Mecanismo, com destaque para a democracia e governação política, governação e gestão económica corporativa, desenvolvimento económico e a resiliência do Estado diante dos choques e desastres.

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