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África precisa de 30 mil milhões para travar alterações climáticas

África precisa de mobilizar 30 mil milhões de dólares até 2030 para assegurar a resiliência das águas face às alterações climáticas, disse, sexta-feira, em Nairobi, a comissária da União Africana (UA) Josefa Sacko.

02/03/2024  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR

A diplomata discursava na 35.ª reunião do Secretariado da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente e referiu que o mecanismo encarregue de mobilizar estes valores é o programa que a Comissão da UA tomou a iniciativa de desenvolver, no âmbito do apoio aos Estados-membros.

Concebido com vista a colmatar o défice de investimento neste sector, o programa para a criação do Fundo Verde sobre o Clima conta com a colaboração de outros organismos e está em conformidade com a "Visão Africana da Água 2025”, o programa de investimento na Água em África e a Agenda 2063.

A comissária da UA deu a conhecer a aprovação, recentemente, de 6 milhões de dólares como recursos de subvenção ao programa para projectos de investimento na água.

Ainda no âmbito das preocupações com as alterações climáticas, está em curso um Programa Africano de Ar Limpo à escala continental, coordenado por iniciativas nacionais, transmitidas às comunidades económicas regionais a níveis políticos mais elevados.

O estudo prevê um conjunto de 37 medidas para reduzir as emissões causadoras da poluição atmosférica e das alterações climáticas, agrupadas em cinco áreas de intervenção relacionadas com os transportes, utilização de energia residencial, produção de energia na indústria e agricultura, bem como a gestão de resíduos.

"A luta contra as três crises planetárias de perda de biodiversidade, alterações climáticas e poluição requer um compromisso e uma acção sustentada de todas as partes interessadas”, sublinhou a responsável da UA para o Departamento da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável.

O Centro de Inovação, considerado uma parte fundamental da agenda da resiliência contra o clima, está dedicado aos inovadores africanos, em particular mulheres e jovens, para mostrarem as suas soluções climáticas e ideias de projectos que "mudam o jogo” e apoiam a realização de uma África sustentável e resiliente ao clima.

Subordinado ao tema "A circularidade como solução para combater as alterações climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição”, o evento de dois dias, organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), tem por objectivo sensibilizar e debater as próximas etapas da circularidade como solução para a tripla crise planetária.

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