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Ambientalista de Macau contra a criação de ilha para depósito de lixo

Um ambientalista de Macau, que entregou, domingo, uma petição contra a criação de uma ilha para depósito de lixo, quer que o Governo torne público um relatório científico sobre a vida marinha na área.

26/02/2024  Última atualização 12H58
© Fotografia por: DR

Um estudo sobre golfinhos brancos nas águas de Macau, conduzido pelas autoridades do território e a Universidade de Zhongshan, na província de Guangdong, em 2018, atesta a existência destes mamíferos numa zona onde agora o Governo está a estudar a criação da chamada ilha ecológica, disse à Lusa o ambientalista Joe Chan Chon Meng.

"Mantiveram alguma investigação confidencial, mas não a publicaram, e consideramos inaceitável. Propõem algo, mas não há transparência. Nós, também, recebemos o relatório, mas o Governo não nos deixa divulgar junto do público, que precisamos de autorização”, lamentou o líder da associação Green Students Union. Num documento que esteve em consulta pública entre 29 de Dezembro e a semana passada, com os planos para a gestão das áreas marítimas de Macau, as autoridades referem que, com o contínuo desenvolvimento do território, "haverá uma quantidade significativa de resíduos de construção, que precisam de ser aterrados”.

A "ilha ecológica”, a Sul de Coloane, vai resolver, "efectivamente, o problema de disposição de resíduos urbanos”, afirma-se no documento. Mas Joe Chan, que lançou uma petição contra a construção desta ilha, defendeu que há falta de "provas, dados científicos ou investigação que sustentem a ideia”. Nem esses dados nem o "estudo confidencial” de 2018 o ambientalista acredita terem sido   devidamente informados à população sobre o que está realmente em causa.

"Dizem que não há golfinhos na área, que não vai ter impacto marítimo. É completamente falso. Não só académicos de Macau mas também biólogos marinhos de Hong Kong fizeram investigação naquela área aparecem muitos golfinhos brancos e este é um dos seus principais habitats”, assegura.

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