O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Com um total de 17 obras do estilo abstracto, a artista plástica franco-brasileira Ana Quirin inaugurou, sexta-feira, na galeria do Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, uma mostra individual intitulada “Impressões”. Sob curadoria de Berta Teixeira, a exposição decorre até 31 de Maio.
A artista plástica explicou que a colecção de pintura está baseada nos panos samakaka, por ser uma bandeira cultural de Angola e um apelo à ancestralidade africana.
"Os nossos ancestrais pintavam em cima de cascas de madeira, pele de animais e tudo o que encontravam”, recorda Ana Quirin, dizendo que foi a pensar nisso que criou estas obras, como se tratasse de um diálogo intenso com as suas raízes”, revelou.
Segundo a artista, nenhuma das 17 obras expostas tem título para que o espectador interprete se a pintura é uma mulher, um rio ou a Serra da Leba, conforme as suas próprias impressões. Para ela, nos panos samakaka estão retratadas impressões de uma maneira abstracta de tudo o que viu e sentiu no dia-a-dia, em Luanda, onde encontrou a inspiração para esta criação.
Antes de Benguela, as obras já foram expostas em Luanda, há sensivelmente um ano, onde esteve em cartaz durante dois meses e meio.
"É uma exposição um pouco itinerante e depois ela continua a viajar”, sustentou.
Por outro lado, também agradeceu a colaboração do Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, considerando que o tecto alto do espaço é ideal para esse tipo de exposição, que vai prolongar-se até finais de Maio por conta das festas da cidade de Benguela.
Sem adiantar os próximos destinos, Ana Quirin adiantou que além de Benguela, a exposição vai ser apresentada noutras províncias do país.
Sobre o trabalho exposto em Benguela, Ana Quirin explicou ter dispensado o uso do pincel em detrimento da água, que faz o desenho e, para isto, usou uma técnica que vai ganhando espaço entre os pintores e que consiste em misturar a tinta e jogá-la no pano.
"O pano é lavado, passado a ferro e posto a secar para impermeabilizar o lado de fora para que a tinta não atravesse”, detalhou, e na feitura destas obras usa, ainda, um secador de cabelo e três ventoinhas dentro do atelier para secar a tinta sobre o pano, processo que pode levar um mês.
A artista manifestou a vontade de, enquanto durar a exposição, trocar experiências sobre essa técnica com os artistas plásticos em Benguela e perceber as suas dificuldades, avanços e expectativas.
Natural da Bahia
A artista plástica franco-brasileira Ana Quirin é natural do Estado da Bahia, no Brasil. Estudou na Universidade Federal da Bahia e na Universidade de Paris VIII/França, tendo ainda mestrado em Desenvolvimento do Turismo Local em França.
Começou a pintar em 1985 em Paris, por influência de um amigo, e de lá para cá já participou em várias exposições, no Brasil, em França, Antilhas, Chile, Madagáscar e em Angola, onde vive actualmente.
Vencedora do concurso de artes plásticas da escola de Artes Plásticas do Rio de Janeiro, com o tema "Maravilhas do Rio de Janeiro 2015”, Ana Quirin desenvolveu seu próprio estilo na pintura, na fotografia e na escultura, graças à mobilidade geográfica.
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