A coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, congratulou-se, esta segunda-feira, pela assinatura por parte do Governo angolano e da ONU sobre a Isenção e Facilitação de Visto em passaportes ordinários para o pessoal da ONU, dependentes, famílias e para especialistas a trabalho.
O ministro da Administração do Território, Dionísio da Fonseca, afirmou, esta segunda-feira, no município do Lóvua, na Lunda-Norte, que o Executivo está empenhado em assegurar a retoma de todas as obras de construção de infra-estruturas para as futuras administrações autárquicas em construção no país, mas que se encontram paralisadas por questões de ordem financeira.
As consultas para a realização do segundo encontro com vista a abordar as propostas concretas em relação à futura Cimeira dos Presidentes da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, e do Rwanda, Paul Kagame, já começaram a ser efectuadas.
A informação foi avançada pela secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, durante a intervenção, quarta-feira última, em Nova Iorque, na sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação na Região dos Grandes Lagos.
Esmeralda Mendonça assegurou que Angola continua empenhada em contribuir, de forma activa, para o alcance de uma solução política e diplomática para a crise de paz e segurança reinante no Leste da RDC, visando, deste modo, a consecução de uma paz sustentável para aquela região. A título de exemplo, evidenciou os esforços diplomáticos levados a cabo pelo Presidente João Lourenço, na qualidade de Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África e presidente da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que se destinam à promoção da paz e estabilidade, redução da tensão política na região, assim como o restabelecimento do ambiente de confiança entre as partes concernentes através dos processos de Luanda e de Nairobi.
Esmeralda Mendonça lembrou que, no quadro dessas acções, o estadista angolano convocou, na base do mandato da União Africana (UA) para mediar a actual crise política entre a RDC e o Rwanda, uma mini-cimeira à margem da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo desta organização continental, em Adis Abeba, a 16 de Fevereiro deste ano. Este encontro, que contou com a presença dos Presidentes da RDC e do Rwanda, de líderes regionais e do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, serviu para discutir as formas de se restaurar a cessação das hostilidades e facilitar conversações directas entre a RDC e o Rwanda, com vista a evitar a expansão da presente crise política num conflito de dimensão regional.
Esmeralda Mendonça destacou, igualmente, os encontros que o estadista angolano manteve, este ano, em Luanda, em datas diferentes, com os seus homólogos Félix Tshisekedi e Paul Kagame, tendo ambos manifestado vontade em sentar-se à mesma mesa, a fim de se encontrar uma solução para a crise de paz e segurança no Leste da RDC, cuja data e local para o encontro continua por definir.
Félix Tshisekedi esteve na capital angolana no dia 27 de Fevereiro, ao passo que Paul Kagame foi a 11 de Março. "Foi neste âmbito que Angola promoveu e facilitou a realização de uma Reunião Ministerial em Luanda, a 21 de Março deste ano, entre a RDC e o Rwanda, que decorreu num ambiente construtivo e promissor”, realçou.
A secretária de Estado para as Relações Exteriores considerou a implementação do Roteiro de Luanda uma saída segura para o alcance da paz, estabilidade e segurança no Leste da RDC, na medida em que prevê o cessar-fogo e o desarmamento das forças beligerantes.
O documento prevê, também, a retirada e a desmobilização de todos os grupos armados na região.
Esmeralda Mendonça considerou, por outro lado, relevante o envolvimento dos países vizinhos e organizações regionais e internacionais para garantir o êxito na implementação do Roteiro de Luanda.
A governante sublinhou que os esforços para o alcance de uma paz duradoura na RDC e na Região dos Grandes Lagos devem continuar a ter como base, dentre outros pressupostos, a efectiva implementação das decisões resultantes dos Processos de Luanda e de Nairobi, enquanto mecanismos regionais complementares de referência.
No quadro deste espírito, a secretária de Estado para as Relações Exteriores reiterou que Angola vai continuar a privilegiar o diálogo como um dos principais instrumentos político-diplomáticos para se alcançar uma solução política e sustentável para o problema de conflito e insegurança que se vive na Região dos Grandes Lagos.
Instabilidade nos Grandes Lagos
Esmeralda Mendonça manifestou a preocupação do Estado angolano em relação à persistente instabilidade na Região dos Grandes Lagos, com realce para a contínua deterioração da situação de segurança humanitária no Leste da RDC desde Dezembro de 2023.
A secretária de Estado para as Relações Exteriores explicou que o incremento das acções militares por parte do M23, incluindo a ocupação de novas áreas no território congolês, a retomada dos ataques contra as populações civis e a violação dos direitos humanos, constituem uma grave e flagrante violação aos Processos de Luanda e Nairobi, prejudicando, assim, os esforços e iniciativas diplomáticas para a paz e estabilidade na RDC e na região. A responsável apelou, por isso, aos Estados e outros actores a exercerem a sua influência política junto do M23 e de outras forças negativas da região, com vista à cessação imediata de todas as hostilidades no terreno e o seu engajamento a favor da paz.
Intervieram no debate, além da secretária de Estado para as Relações Exteriores, o enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia, a secretária-geral assistente para os Direitos Humanos e coordenadora para Assistência de Emergência, Joyce Msuya, e Petronille Vaweka, coordenadora das Mulheres Comprometidas com a Paz em África, além dos membros do Conselho de Segurança e os representantes do Rwanda e da RDC.
Malta é o país que preside o Conselho de Segurança da ONU neste mês de Abril.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, conferiu, esta segunda-feira, posse ao secretário para os Assuntos do Interior e da Polícia Nacional, nomeado, recentemente, por despacho presidencial.
O ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, chegou, na madrugada de domingo, em Nairobi, capital do Quénia, para representar o Presidente da República, João Lourenço na Cimeira Africana sobre Fertilizantes e Saúde do Solo, a ter lugar de 7 à 9 do mês corrente.
O Executivo vai anunciar, nos próximos dias, a entrada em vigor da nova tabela de pensões para os antigos combatentes e veteranos da pátria, com valores superiores aos actuais 23 mil kwanzas, revelou, na cidade do Uíge, o secretário de Estado Domingos André Tchikanha.
A China foi responsável por 80% do investimento global no fabrico de módulos solares fotovoltaicos em 2023, informou hoje a Agência Internacional da Energia (AIE), que descartou uma alteração na liderança a médio prazo.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê recrutar em todo território Nacional, um total de 92 mil 201 agentes de campo entre recenseadores, supervisores, assistentes administrativos e técnicos, para a realização do Censo Geral da População e Habitação 2024, que começa no dia 19 Julho, em todo território nacional.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu hoje o reforço do ensino da língua portuguesa nos Estados membros com investimentos na formação de professores e infraestruturas para promover a educação de qualidade.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, esta segunda-feira, dois indivíduos, acusados de estarem implicados na tentativa de roubo de telefone, que resultou na morte da cidadã, Carolina da Graça da Silva dos Santos Cardoso, 40 anos, no dia 26 do mês passado, na zona do Calemba2, município de Viana.