De acordo com uma nota de imprensa, o diplomata, que falava numa mesa-redonda, na Embaixada de Angola em Madrid, destacou os avanços na melhoria do ambiente de negócios e na luta contra a corrupção no país, bem como apresentou a sua visão sobre o futuro da cooperação Angola-Espanha.

Para Alfredo Dombe, o evento, que saúda um ano da visita do Rei Felipe VI a Luanda, não só reafirmou a força das relações bilaterais, mas também marcou o caminho para novas oportunidades de cooperação e desenvolvimento conjunto entre Angola e Espanha.

A mesa-redonda, que decorreu sob o lema "O Impacto da Cooperação Económica entre Angola e Espanha para o Desenvolvimento da República de Angola”, foi moderada pela angolana Emília Almeida, conselheira económica, e contou com a participação de diplomatas espanhóis convidados, com destaque para Alicia Rico Pérez e José Segura Clavell, ambos ligados a assuntos africanos.

Alicia Rico Pérez, directora da Direcção Geral África do Ministério dos Assuntos Exteriores de Espanha, destacou o dinamismo das relações Angola-Espanha, salientando as oportunidades de colaboração mútua e o desenvolvimento económico sustentável.

A oradora abordou ainda a importância estratégica de Angola como segundo fornecedor da África Subsaariana de petróleo ao Reino de Espanha, e o apoio a projectos-chave como o do Corredor do Lobito.

A directora-geral Alicia Rico Pérez referiu-se, também, à Universidade do Cuanza e à cooperação educativa, afirmando que este grande espaço de ciberfilia é um elo de valores culturais como o que já se tem na Comunidade das Nações Ibero-Americanas.

Rico Pérez lembrou o grande conteúdo político e simbólico da viagem dos Reis, que foi precedida por uma visita do Presidente do Governo. Segundo a responsável, Angola é um parceiro e referência para o Governo espanhol, que está empenhado no apoio financeiro para a internacionalização das empresas espanholas no país.

A Espanha é o terceiro país europeu a importar petróleo bruto de Angola e há operações em andamento da Navantia e da Airbus. Navios da Marinha também visitam o país com alguma frequência.

Por outro lado, o director da Casa África, José Segura Clavell, focou a sua apresentação na transição energética e no potencial de Angola na produção de hidrogénio verde, destacando a importância da energia para o progresso e o desenvolvimento industrial do país.

O responsável da Casa África (Las Palmas de Gran Canaria) falou dos Acordos na COP 28: Cooperação entre África e Europa na transição energética, destacando o Hidrogénio Verde.

Segura Clavell declarou que Angola é um país estável e felicitou os organizadores por lembrar a visita do Rei para fortalecer as relações.

Juntamente com os membros da comunidade angolana em Espanha e empresários espanhóis, o evento teve a presença de embaixadores africanos, especialmente do povo africano, bem como do embaixador de Portugal.

"Relações hispano-angolanas são excelentes”

Álvaro Durántez Prados, director das Relações Institucionais da Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER), destacou os principais marcos da evolução histórica das relações hispano-angolanas, descritas como "excelentes”.

O dirigente considerou que Angola, em colaboração com países amigos como a Espanha, será capaz de fazer uma abordagem substantiva para a Comunidade Ibero-Americana, contribuindo, de forma decisiva, para a articulação do espaço intercontinental da Iberofonia.

Durántez afirmou que Angola é um ponto de equilíbrio entre a África do Sul e a Nigéria, reforçando que acredita que o nosso país pode proporcionar condições que favoreçam a conexão geral do conjunto de línguas espanhola e lusófona.

O Rei de Espanha, Felipe VI, acompanhado da Rainha Letícia, realizou uma visita de Estado a Angola, de 6 a 8 de Fevereiro de 2023, onde ressaltou a solidez e o calor das relações bilaterais entre ambos os países.