Política

Angola elege promoção da paz e segurança como as principais áreas de intervenção

O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, embaixador Francisco José da Cruz, apontou, quarta-feira, a promoção da paz e segurança, a defesa dos Direitos Humanos e desenvolvimento sustentável como principais áreas de intervenção do Grupo da CPLP junto desta organização internacional.

16/02/2024  Última atualização 10H49
Francisco da Cruz indicou como objectivos da CPLP a criação de uma plataforma de discussão © Fotografia por: DR
Segundo o diplomata, citado num comunicado de imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas, constituem, igualmente, áreas de intervenção do Grupo a divulgação do multilinguismo e da diversidade cultural, bem como a democratização das relações internacionais e o multilateralismo.

Francisco José da Cruz falava na reunião dos embaixadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que marcou a passagem de pastas da presidência rotativa ad hoc de Angola para o Brasil.

Na ocasião, enumerou como objectivos fundamentais da CPLP nas Nações Unidas partilhar informações sobre desenvolvimentos e políticas da comunidade, assim como providenciar uma plataforma para a discussão de assuntos pertinentes de interesse mútuo em relação à ONU.

Constam ainda destes objectivos o compartilhamento de informações sobre questões de interesse dos países, organização de actividades de promoção da imagem da CPLP, incluindo a celebração do 5 de Maio - Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP e promoção da Língua Portuguesa nas Nações Unidas.

Durante a intervenção, o chefe da representação diplomática de Angola junto da ONU enalteceu a presença de Estados-membros da CPLP no Conselho de Segurança, como os casos do Brasil, cujo mandato cessou a 31 de Dezembro de 2023, e Moçambique, que permanece no órgão, o que, na óptica de Francisco José da Cruz, ilustra claramente a importância que a comunidade atribui à paz e segurança internacionais.

"Como comunidade, partilhamos com as Nações Unidas o empenho na resolução pacífica de conflitos, na promoção do multilateralismo na abordagem de desafios globais e na cooperação abrangente que nos conduza à consecução da Agenda 2030”, frisou o embaixador.

No quadro da sua presidência, Angola submeteu à aprovação dos Estados-membros da CPLP uma proposta de guião para o funcio- namento em Nova Iorque, um instrumento de referência para a padronização das acções com o objectivo de conferir maior previsibilidade, reforçar a coordenação e favorecer um aumento de visibilidade funcional do Grupo.

Nos últimos anos, a CPLP alcançou progressos significativos na promoção da agenda estratégica de cooperação económica e empresarial, bem como no domínio da mobilidade dos cidadãos no espaço comunitário, tendo alguns Estados-membros já procedido às alterações legais necessárias para a implementação do Acordo de Mobilidade, em vigor desde Janeiro de 2023.

Existem condicionalismos na consecução de programas em diversas áreas, nomeadamente no Ensino, Formação de Quadros, Intercâmbio Académico, Cultura e Desporto, bem como desafios nos domínios da Promoção do Género, Juventude, Preservação da Biodiversidade, Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável nas dimensões social, económica e ambiental.

Os Estados-membros da CPLP, em Nova Iorque, decidiram, em Setembro de 2023, estabelecer um Sistema de Presidência Ad Hoc, de rotação semestral, seguindo a ordem alfabética, para colmatar o vazio existente, devido à ausência de representação permanente da República de São Tomé e Príncipe, país que detém a liderança rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

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