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Angola regista aumento na produção de energia eléctrica

JA Online

Angola atingiu, nos últimos anos, um crescimento exponencial da sua capacidade instalada de produção de energia eléctrica e passou de 2,4 para 6,2 Giga Watts, informou, quarta-feira, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

18/04/2024  Última atualização 15H16
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges © Fotografia por: Cedida

O responsável que falava durante a 14ª Assembleia da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), que decorreu em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, explicou que em 2015 a taxa de produção de energia subiu para 6,2 GW, tendo os 39% de geração hídrica catapultado para cerca de 60%, a geração térmica declinada de 61%, em 2015, para cerca de 36% em 2023.

Este desenvolvimento na matriz de geração, explicou o ministro,  deu-se graças à importantes investimentos dos quais destaca-se a conclusão do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que tem uma capacidade de produção de 2 GW, estando, igualmente, em curso, a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça, quando concluído contribuirá para atingir a meta de produção de 9 GW.

João Baptista Borges explicou, ainda, que o país deu continuidade ao processo de reestruturação matriz energética, tendo concluído, em 2022, as Centrais Fotovoltaicas do Biópio com cerca de 188,80MW, e da Baía Farta com cerca de 96,70 MW, que contribuem com aproximadamente 4% da Matriz Pública de Produção Eléctrica, permitindo uma economia anual de 3 milhões de toneladas de combustíveis fósseis e, consequentemente, uma redução de emissões de dióxido de carbono na ordem de nove milhões de toneladas.

"A matriz de produção de electricidade inclui igualmente a primeira fase da Central Fotovoltaica de Caraculo com cerca de 25 MW, num projecto que prevê atingir os 50 MW", citou a nota de imprensa enviada ao JA Online.

"As acções estratégicas do Sector reflectiram-se no aumento da taxa de electrificação para 43% e simultâneo decréscimo do consumo anual do gasóleo nas centrais termoeléctricas de 1,36 Mil Milhões de Litros, em 2015, para cerca de 560 Milhões de Litros consumidos no ano de 2023, um decréscimo de quase 60% em oito anos", sublinhou.

O titular da pasta da Energia e Águas afirmou que os desafios ainda são imensos face à necessidade de se garantir a expansão da rede de transporte de energia, de modo a escoar-se um total de 2 GW da energia disponível, incluindo a sua interligação com os demais países, no quadro do comércio internacional de energia intra-africano.

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