Política

Angola tem recursos para ser potência do agronegócio no continente africano

O embaixador de Angola junto das Nações Unidas, Francisco José da Cruz, afirmou, em Helsínquia, Finlândia, que Angola tem potencial para se tornar um dos principais países do agronegócio em África, devido aos seus solos férteis e ricos e às condições naturais favoráveis.

07/03/2024  Última atualização 08H19
Embaixador na ONU participa em evento na Finlândia © Fotografia por: João Gomes| Edições Novembro
Francisco José da Cruz proferiu estas declarações no II Fórum dos Países Menos Avançados (PMA) da ONU, que termina hoje sob o lema "Inovação para a transformação estrutural nos PMA".

O representante de Angola, que interveio na sessão especial subordinada ao tema "O papel do sector privado na transformação das economias dos Países Menos Desenvolvidos", com destaque ao sistema alimentar, sublinhou que o país já foi um grande produtor e exportador de produtos agrícolas, incluindo café, algodão e banana.

Ainda assim, fez saber que as exportações destes produtos praticamente cessaram na década de 90, como resultado do conflito interno que terminou em 2002, o que levou, segundo ele, ao colapso da produção agrícola comercial.

Mediante isso, frisou que o potencial agrícola de Angola permaneceu inexplorado desde então, representando uma importante oportunidade de investimento. "Apenas 10% dos 35 milhões de hectares de terras aráveis do país estão actualmente a ser cultivados”, indicou.

Por outro lado, referiu que para se tornar uma potência Agrícola no continente africano, o sector  está a ser transformado para satisfazer as necessidades do seu povo, concretizar o potencial económico e responder aos desafios e preocupações ambientais.

Por isso, para alcançar este desiderato, avançou, o Governo está a intensificar os seus próprios esforços, nomeadamente a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ENSAN 2021-2030) e, ainda neste âmbito, tem estado a trabalhar com parceiros de desenvolvimento para implementar projectos transformadores, com um papel de liderança desempenhado pelo sector privado na inovação tecnológica.

Francisco José da Cruz salientou que o governo prioriza a necessidade de diversificação económica, tendo criado o Programa de Apoio à Produção, Diversificação  das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI) , que está a incentivar a investigação, o desenvolvimento de capacidades, a inovação e a transformação digital para promover o empreendedorismo, particularmente em projectos orientados para a exportação.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Elina Valtonen, e a subsecretária geral e alta representante das Nações Unidas para os Países Menos  Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (ONU-OHRLLS), embaixadora Rabab Fátima, se pronunciaram igualmente no Fórum dos Países Menos Avançados (PMA).

O fórum serve para apoiar os Países Menos Avançados  nos seus esforços para implementar o Plano de Acção de Doha para os PMA 2022-2031. Foi  co-organizado pelo Gabinete do Alto Representante das Nações Unidas para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (ONU-OHRLLS) e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política