O feriado do dia internacional do trabalhador, comemorado ontem, 1 de Maio, contribuiu para a romaria da moldura humana que se deslocou ao local, e lotou as bancadas. Ninguém quis ficar de fora em mais um dia da competição e apoiar as nadadoras, no primeiro Africano da modalidade a disputar-se no país.

Em tarde de sol "ardente" na cidade capital, os adeptos aproveitam o dia para desfrutarem do melhor momento da natação do continente. Muitos encarregados de educação levaram os filhos para puxarem pela Selecção Nacional e verem de perto a beleza nas disputas das séries livres, mariposa e estafetas.

Com cânticos a motivar os nadadores e nadadoras, o público presente entoava o Angola Avante como forma de motivação para os atletas lutarem por um lugar no pódio. A forma como gritavam o "olé-olé-olé-olé” e o "olé-olá", era arrepiante e de certeza contagiou os presentes.

Ao som das vuvuzelas  e apitos, os angolanos em representação das 18 províncias mostraram a bravura de um povo que ama o seu país.

Como organizador, Angola não se deixou intimidar pelos gritos das delegações  da África do Sul, Tunísia e Egipto. Com sentimento patriótico e, acima de tudo, muito fair play, os visitantes sentiram que em casa mandamos nós.

Apesar de não conquistar nenhuma medalha no segundo dia da competição,  ao contrário da abertura da competição com a medalha de prata conquistada pela nadadora Lia Lima, os adeptos angolanos presentes puxavam sempre pela Selecção Nacional, pois acreditavam na possibilidade de voltarem a estar presentes no pódio.

Ontem,  disputaram a final os nadadores angolanos  Henrique Mascarenhas,  Maria Freitas,  Lia Lima, N´hara Fernandes, Carlota Silva, Rhanya Santo e David Padre. O destaque recaiu à atleta de 22 anos, Lia Lima, bastante aplaudida pelos presentes.