A União Africana (UA) manifestou preocupação com "a tensão entre comunidades locais" no Norte da Etiópia e apelou ao "fim das hostilidades" que já obrigaram pelo menos 50 mil pessoas a deslocarem-se, segundo a ONU.
Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência de um naufrágio que ocorreu no Rio Lufira, na zona sudeste da República Democrática do Congo (RDC), tendo 11 dos passageiros conseguido salvar-se, noticia hoje a agência espanhola EFE.
Dois soldados sul-africanos foram mortos e três ficaram feridos num ataque rebelde a uma base no Leste da RDC, quando se regista um aumento da instabilidade na região, informaram, quinta-feira, as Forças Armadas da África do Sul.
A África do Sul enviou soldados para a RDC como parte da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, para lutar contra grupos rebeldes armados no Leste daquele país.
Pretória anunciou esta semana que iria enviar um novo contingente de 2.900 soldados para o Leste da RDC. A base atingida fica na província de Kivu do Norte, disse o porta-voz da Força de Defesa Nacional da África do Sul, Siphiwe Dlamini, citado pela BBC. Por isso, os feridos foram levados para um hospital na cidade de Goma.
A violência na região atingida pelo conflito aumentou nas últimas semanas, com muitos ataques ao grupo rebelde M23, que há anos luta contra os militares congoleses na região. O Governo afirma que o M23 está a receber apoio militar do vizinho Rwanda, o que Kigali nega.
Mais de um milhão de pessoas já estão deslocadas pelo conflito, desde Novembro, dizem grupos de ajuda humanitária. Isto soma-se aos 6,9 milhões que já fugiram das suas casas numa das maiores crises humanitárias do mundo. No início da semana, o Conselho Norueguês para os Refugiados afirmou que o recente avanço de grupos armados em direcção à importante cidade de Sake, perto de Goma, "representa uma ameaça iminente a todo o sistema de ajuda" no Leste da RDC.
"O isolamento de Goma, lar de mais de 2 milhões de pessoas e que acolhe centenas de milhares de indivíduos deslocados que fugiram de confrontos com grupos armados, traria consequências desastrosas para a região", afirmou o NRC.
A escalada de violência e de combates que atingem o Leste do país ameaça pôr em perigo a ajuda humanitária a milhões de pessoas, com "consequências potencialmente devastadoras" para a população civil, alertou também, hoje o Conselho Norueguês para os Refugiados. (NRC).
"A segurança dos civis deve ser primordial. Todas as partes no conflito devem cumprir as suas obrigações ao abrigo do Direito Internacional para proteger os civis", disse o director do NRC na RDC, Eric Batonon, num comunicado. Assim, o responsável apelou ao "fim dos ataques contra a população civil e à garantia do acesso irrestrito à ajuda humanitária".
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