Durante a presença no Marco Histórico, os visitantes mantiveram contacto com a galeria de fotos e a história da efeméride, tendo dos jovens políticos recebido esclarecimentos sobre a luta travada nessa batalha, que permitiu a proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.

O chefe do Departamento de Promoção do Associativismo, Voluntariado de Orientação Social do Instituto Angolano da Juventude(IAJ), Américo Vasconcelos, considerou a iniciativa importante, por permitir aos jovens um contacto com a história recente do país, para melhor entenderem os meandros da proclamação da Independência.

Sobre o monumento, o responsável considerou tratar-se de um acervo que ilustra a história recente composta por documentos e galeria de fotos. A comitiva de visitantes foi integrada por representantes do PRS, FNLA, Partido Humanista de Angola (PHA), além de representantes de associações juvenis, como a Jucarente, associação de estudantes universitários e líderes juvenis de denominações religiosas.

No final do encontro, os jovens mostraram-se satisfeitos com a visita e a interacção entre os vários representantes de movimentos juvenis. "Foi uma visita bastante positiva, porque além de conhecermos mais sobre a história do país, vimos o interesse dos jovens por este legado”, frisou Américo Vasconcelos.

Os líderes de movimentos juvenis que visitaram o Marco Histórico da Batalha do Kifangondo foram unânimes em afirmar ao Jornal de Angola que a visita serviu de incentivo ao maior interesse e valorização do património histórico nacional.

PRS

O secretário municipal da Juventude do PRS, Baptista Quipapa, apelou os jovens à valorização deste tipo de acções. "É uma mais-valia para os jovens terem domínio da nossa história, a partir de acervos que podemos encontrar aqui, para que de forma activa possamos participar no desenvolvimento do país. Logo, este tipo de acto é fundamental”, admitiu.

Baptista Quipapa revelou estar crente, ainda, que a visita vai criar mais união entre os jovens, na medida em que a oportunidade de conhecer a história pôde ser partilhada por todos, independentemente da cor partidária.

FNLA

Para o representante do braço juvenil da FNLA, Daniel Sebastião, a visita representou uma mais-valia para o grupo, enaltecendo a vontade da juventude em ir ao encontro da história como as da Batalha de Kifangondo, que contribuiu para a proclamação da Independência Nacional.

"Depois desta visita, podemos sempre passar a informação a outros jovens, porque considerou uma obrigação que temos com a nova geração”, reconheceu.

Daniel Sebastião afirmou, ainda, que estes espaços históricos são importantes e de visita obrigatória, por conservar uma parte da história de Angola, tendo incentivado outros jovens a não perderem a oportunidade de constatarem "in loco” o que realmente aconteceu durante a Batalha de Kifangondo.

História

Em Kifangondo, ponto de encontro das grandes estradas do Norte, que dista a cerca de 18 quilómetros da cidade de Luanda, desenrolou-se uma das mais violentas e decisivas batalhas da guerra de libertação nacional.

No local, foi estabelecida a linha de contenção das forças invasoras que progrediram, aceleradamente, desde a fronteira Norte, para impedir que a 11 de Novembro de 1975 o MPLA proclamasse a Independência Nacional.

Em honra aos combatentes tombados, foi erguido, no local, o Monumento Histórico de Kifangondo, cuja primeira pedra foi lançada a 24 de Março de 1977 pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, e o de Cuba, Fidel de Castro.