Sociedade

Beneficiários de microcréditos prometem gerar mais empregos

Engrácia Francisco

Jornalista

Evanilza de Almeida, de 33 anos, é uma das beneficiárias do microcrédito, avaliado em 500 mil kwanzas, distribuído, quinta-feira, pelo INEFOP.

01/03/2024  Última atualização 12H39
Evanilza de Almeida também recebeu microcrédioco © Fotografia por: DR
Com o filho de nove meses ao colo, a jovem recebeu o crédito, depois de ter concluído a formação de empreendedorismo em 2022, no Centro de Formação Profissional do Kilamba.

A beneficiária, residente no bairro Vila Flor, Distrito do Kilamba, disse que o valor recebido vai investir 25 por cento no projecto de venda de materiais de construção civil, de forma a aumentar o capital do negócio.

Evanilda informou que o investimento feito, inicialmente, era de dois milhões e 750 mil kwanzas, onde tira uma margem de lucro de 150 mil mensais. Considera que com o microcrédito vai ajudar a aumentar o seu negócio e consequentemente, a margem de lucros e adicionar mais trabalhadores.

A jovem confessou que recebeu tarde o microcrédito, porque não fiz parte da lista dos primeiros contemplados, mas não perdeu a esperança e o seu momento chegou, por isso, aconselha a outras pessoas, principalmente as mulheres a lutarem pelo que querem e nunca desistirem, porque no momento certo as coisas acontecem.

Outro jovem beneficiado do microcrédito de 500 mil kwanzas, José Teixeira, de 23 anos, recebeu o apoio, depois de ter frequentado o curso de empreendedorismo e floricultura.

O jovem, visivelmente satisfeito com o prémio, avançou que vai abrir uma empresa, em Viana, onde, numa primeira fase, vai empregar duas pessoas. "Estou feliz por fazer parte dos beneficiados e pretendo concorrer numa próxima fase, porque o meu plano de negócio está avaliado em três milhões de kwanzas, mas com os 500 mil já é um começo ", disse.

Feitos alcançados em 2023

A ministra realçou que no ciclo formativo de 2023, o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional realizou vários cursos de curta, média e de longa duração, cujos desafios foram centrados em melhorar a oferta formativa, assim como a expansão da rede de centros, em todo o país.

Em 2023, o ciclo encerrou com 88.671 cidadãos formados, dentre os quais, 926 reclusos e 353 pessoas com deficiência, evidenciando assim, os esforços do Executivo, na ressocialização daqueles que em determinada altura do seu percurso de vida, entraram em conflitos com a lei, assim como a inclusão social das pessoas com deficiência.



Vice-governador de Luanda prestegiou a actividade

Vice-governador enaltece importância da formação

O vice-governador de Luanda para o Sector Político e Social, Manuel Gonçalves, considerou que a qualificação do capital humano constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento socioeconómico, assim como uma ferramenta para a qualificação dos quadros nacionais.

O mercado de trabalho, referiu, é um cenário dinâmico e em constante transformação, moldado por uma variedade de factores, como o avanço tecnológico, mudanças económicas e tendências sociais.

Manuel Gonçalves realçou que para prosperar neste ambiente competitivo e por vezes de incerteza, é crucial a busca incessante do conhecimento, o aprimoramento das habilidades e competências dos indivíduos, tornando-os mais preparados e eficazes nas suas actividades profissionais.

Investir na formação profissional, disse, não serve apenas para abertura de portas de novas oportunidades, mas também capacita e faz a diferença no mercado de trabalho.

Aos jovens, a quem maioritariamente é dada as oportunidades, o vice-governador lembrou que o conhecimento é um tesouro que se acumula ao longo da vida e o estudo é uma forma de adquiri-lo.

"É preciso semear, motivar habilidades e agregar conhecimentos, pois só assim vai ser possível colher a flor da realização pessoal e profissional”, destacou.

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