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Biden garante resposta dura nos próximos dias

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, anunciou que o seu Governo já decidiu como responder ao ataque ocorrido no domingo, contra o Exército norte-americano na base localizada entre a Jordânia e a Síria, e, apesar de não entrar em detalhes, afirmou que vai ser duro.

02/02/2024  Última atualização 12H10
Líder norte-americano promete ataque duro contra os autores do bombardeamento © Fotografia por: DR

Países como o Irão e grupos ligados ao seu Governo começaram a marcar posições, em reacção ao pronunciamento do Presidente norte-americano na terça-feira. De acordo com a imprensa, Joe Biden afirmou que o ataque será decisivo para punir os autores do ataque, e poderá envolver os EUA num confronto directo com a liderança iraniana, destacava, esta semana, a Bloomberg.

Irão nega participação no ataque à base dos EUA

O Irão negou imediatamente qualquer envolvimento num ataque lançado por milícias pró-Teerão que vitimou três soldados norte-americanos na fronteira Jordânia-Síria, e que levou o Presidente norte-americano a prometer retaliação. No entanto, Teerão avançou ontem, "não quer a guerra, mas que estava preparado para enfrentar um ataque dos Estados Unidos”. Voltou a referir que "estas acusações são feitas com um objectivo político que visa inverter as realidades da região", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, num comunicado citado pela agência de notícias oficial do Irão, Irna.

As alegações "também demonstram a influência de terceiros, incluindo o regime sionista que mata crianças", acrescentou Nasser Kanaani, referindo-se a Israel, envolvido numa guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de Outubro.

"Os grupos de resistência nesta região estão a responder aos crimes de guerra e ao genocídio cometidos pelo regime sionista", "não estão a receber ordens" do Irão e "estão a decidir as acções com base nos seus próprios princípios", assegurou ainda o porta-voz.

O Governo jordano, que não reconhece a existência desta instalação, afirmou que o ataque ocorreu fora da Jordânia, designadamente numa base dos EUA na Síria. O ministro das Comunicações do Governo do Reino, Muhannad Mubaidin, disse à televisão estatal jordana Al Mamlaka que o ataque com um drone visou a base de al-Tanf, no Leste da Síria.

Gaza já perdeu mais de 20 mil pessoas 

No entanto, a situação no Médio Oriente continua a dar sinais de agravamento, numa altura em que a guerra entre Israel e o Hamas matou 27.019 pessoas na Faixa de Gaza, segundo um novo balanço divulgado ontem, pelo Ministério da Saúde do movimento islamita, que controla o território desde 2007.

Há "numerosas vítimas sob os escombros e nas estradas, enquanto a ocupação [Israel] impede que as ambulâncias e as equipas de protecção civil cheguem até elas", disse um porta-voz do Ministério citada pela agência espanhola EFE.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre contra a Faixa de Gaza, um pequeno enclave palestiniano com cerca de 2,3 milhões de habitantes. Dada a dimensão das consequências da ofensiva israelita, a África do Sul acusou Israel de genocídio junto do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), no final do ano.

Em 26 de Janeiro, o TIJ decidiu investigar as acusações e impôs medidas provisórias às autoridades israelitas, incluindo a adopção de práticas para impedir a prática de actos de genocídio.

 Ataques de Israel a posições na Síria

A Força Aérea de Israel teria usado caças para lançar três projécteis contra áreas na cidade de Daraa, mas também artilharia, visando as forças de Damasco.

A FDI anunciou ontem, que atingiram posições do Exército da Síria na cidade de Daraa, no Sul do país, escreve o jornal israelita The Times of Israel. Segundo as FDI, o ataque dos caças da Força Aérea de Israel, que ocorreu durante a noite, aconteceu em resposta a uma série de foguetes disparados da Síria.

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