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Brasil apresenta boa perspectiva de desenvolvimento económico

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, enalteceu, na abertura do Ano Legislativo, a harmonia entre os três poderes como garantia de criação de condições políticas favoráveis ao crescimento económico taxado em 2,92% em 2023, situação que abre uma perspectiva segura de desenvolvimento para os próximos anos.

07/02/2024  Última atualização 10H30
Presidente Lula da Silva afirma que harmonia entre os três poderes facilitou o crescimento © Fotografia por: DR

"O ano de 2023 deverá fechar com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,92%, índice muito superior à projecção de 0,79%, presente no relatório Focus, do Banco Central do Brasil”, frisou o Chefe de Estado brasileiro numa carta entregue pelo ministro da Presidência, Rui Costa, e lida em sessão solene pelo primeiro-secretário da mesa parlamentar, Luciano Bivar, revelou, ontem, a Lusa.

Além disso, "a inflação caiu e fechou o ano dentro da meta", disse, referindo-se aos 4,5% de inflação esperados, o nível mais baixo dos últimos três anos. Lula da Silva fez um longo balanço da relação entre o Executivo e o Legislativo durante o primeiro ano do mandato, que começou a 1 de Janeiro de 2023. Acrescentou que o regresso da relação entre o Executivo "com os demais poderes, de maneira harmoniosa, republicana e democrática tornou-se num impulso significativo para o desenvolvimento do País".

 Em seguida, enumerou várias iniciativas governamentais apoiadas pelas câmaras legislativas, que permitiram recuperar as políticas sociais e aprovar várias medidas económicas.

Entre outras, valorizou, particularmente, uma profunda reforma tributária que simplificará o sistema fiscal do país e a aprovação de uma lei que estabelece a igualdade salarial entre homens e mulheres que realizam o mesmo trabalho. O Presidente do Brasil sublinhou, também, que, durante 2023, foram retomadas as medidas de protecção do ambiente, em particular, da Amazónia, e foram reactivados os programas de construção de infra-estruturas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, saudou o tom conciliador do Chefe de Estado e garantiu que o Governo terá o apoio para discutir "todos os assuntos que são do interesse do país". O líder do Senado e presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, manifestou-se no mesmo sentido, garantindo que, para este novo ano legislativo, a prioridade será avançar nas políticas sociais e económicas.

Produção de vacinas em parceria com a OMS

O Chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, discutiram, ontem, uma possível parceria na produção da vacinas contra a dengue, indicou a presidência brasileira.

Tedros Adhanom Ghebreyesus está desde segunda-feira no Brasil, no cumprimento de uma visita de três dias, tendo sido recebido pelo Chefe de Estado brasileiro, acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. "Adhanom afirmou que a OMS pretende dar todo o apoio possível ao Brasil na eliminação de doenças como a tuberculose, hanseníase, doença de Chagas e outras transmitidas de mãe para filho, como o HIV, lê-se na mesma nota.”

De acordo com o boletim divulgado na semana passada, o Brasil já registou mais de 217 mil casos prováveis de dengue este ano, e poderá contabilizar até 4,2 milhões de casos até ao final de 2024. No primeiro mês do ano, foram detectados 217.841 casos prováveis, 15 mortes confirmadas e 149 estão a ser investigados. O balanço anterior, que contabilizava as três primeiras semanas do ano, indicava que o país registou 12 mortos e 120.874 casos prováveis.

Em 2023, o Brasil registou mais de 1,6 milhões de casos da doença, mais de um quinto de todos os notificados no mundo, e 1.094 mortes, um recorde histórico. O Governo brasileiro divulgou a lista de cidades que vão receber a vacina contra a dengue.

Ao todo, foram incluídas cerca de 500 cidades em 16 estados para a imunização, que, num primeiro momento, deverá dar prioridade a crianças e adolescentes com idades entre os 10 e os 14 anos, por estarem entre o público com maior número de internamentos pela doença.

O Brasil prevê receber até 6,2 milhões de doses de uma vacina japonesa contra a dengue, este ano. Porém, por se tratar de uma vacinação que requer duas doses de vacina, esse valor abrange apenas 3,1 milhões de pessoas e é insuficiente para enfrentar a actual explosão de casos.

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