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Brasil: Comandante do Exército defende a democracia

O comandante do Exército do Brasil, Tomás Paiva, disse, domingo, que aquela força "tem um eterno compromisso" com o país na defesa dos "ideais democráticos", numa cerimónia em Brasília ao lado do Presidente brasileiro.

22/04/2024  Última atualização 09H36
Presidente brasileiro recebeu cumprimentos das chefias militares no Dia do Exército © Fotografia por: DR

O general falava numa comemoração ao dia do Exército no país sul-americano, no Quartel-General em Brasília, em frente ao qual milhares de apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro acamparam após as eleições de 2022 para exigir um golpe de Estado contra a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde que assumiu o comando do Exército, no ano passado, Tomás Paiva mudou o discurso adoptado no Governo do ex-Presidente Jair Bolsonaro, que estimulava a interferência militar na política. Nas presidenciais de 2022, Lula da Silva venceu Bolsonaro, que se recusou a reconhecer a derrota, o que levou os seus seguidores a montarem acampamentos em frente a bases militares para protestar contra o resultado das presidenciais e para exigirem uma intervenção militar.

Oito dias após a posse de Lula da Silva, milhares de 'bolsonaristas' saíram do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília para atacar as sedes dos três poderes na tentativa de forçar um golpe contra o Governo recém-instalado. Entre os acusados estão alguns militares de alta patente, o que tem gerado tensões nas relações entre o Governo brasileiro e as Forças Armadas, embora a situação já tenha normalizado.

Nos últimos meses, a Polícia brasileira, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal avançaram em investigações e punição aos executores desses actos.

Cerca de 1.232 pessoas foram presas e acusadas, das quais 116 já foram condenadas a penas de até 17 anos de prisão. As autoridades brasileiras ainda não chegaram a uma conclusão sobre a participação ou não do ex-Presidente Bolsonaro na instigação desses atos nem sobre o papel dos financiadores, de funcionários públicos, incluindo militares, e de outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação.

 
Exportações para a China

O Governo brasileiro exaltou, ontem, as relações comerciais e de cooperação bilateral com a China, para onde exporta mais de 100 mil milhões de dólares, num evento de comemoração dos 50 anos das relações diplomáticas. O Vice-Presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, participou da abertura da conferência internacional "50 Anos da Relação Brasil-China: Cooperação para um Mundo Sustentável", promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), em parceria com a Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS) e afirmou que "a relação Brasil-China é um caso de sucesso".

"O Presidente Lula da Silva, no seu primeiro mandato, participou de uma grande comemoração quando o Brasil exportou para o mundo 100 mil milhões de dólares. Hoje o Brasil exporta para um país, só para a China, 104 mil milhões de dólares", disse Alckmin, citado pela Lusa.

O vice-presidente brasileiro destacou, num breve discurso, o trabalho conjunto dos dois países "nas três grandes questões que o planeta enfrenta hoje, que são a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança climática". Alckmin concluiu dizendo que "amizade e essa parceria com a China que foi ainda mais fortalecida com a presença do Presidente Lula da Silva, num encontro com o Presidente Xi Jinping, na China, vai crescer ainda mais".

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