Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu, sábado, em Adis Abeba, na Cimeira da União Africana (UA), a reorganização das instituições multilaterais, com o reforço da presença dos países do Sul Global.
"Precisamos de criar uma nova governação global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo ao século XXI", afirmou, citado pela Lusa.
Lula da Silva, que foi um dos convidados para participar na 37.ª cimeira da UA - que terminou ontem na capital etíope -, salientou que sem os países em desenvolvimento "não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial que combine crescimento, redução das dificuldades e preservação ambiental com ampliação das liberdades".
"O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem do modelo concentrador de riquezas e que atingem sobretudo os mais pobres e, entre estes, os imigrantes", adiantou. Para Lula da Silva, a alternativa aos efeitos negativos da "globalização neoliberal não virá da extrema-direita racista e xenófoba".
"O desenvolvimento não pode continuar sendo privilégio de poucos. Só o projecto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade, nem democracia com fome e desemprego", antecipou.
O Presidente brasileiro assegurou ainda a disponibilidade do seu país em ajudar África em múltiplas áreas, como a Educação, Saúde, Ambiente, Agricultura e Ciência e Tecnologia, porque, destacou, "com seus mil e quinhentos milhões de habitantes e seu imenso e rico território, África tem enormes possibilidades para o futuro.
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