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Cabo Verde investiga ataque ao Parlamento

A Assembleia Nacional de Cabo Verde está a investigar a origem do ataque informático, em conjunto com técnicos do Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi) e da Polícia Judiciária (PJ), que afectou alguns serviços e atrasou o pagamento de salários dos funcionários e de deputados.

29/03/2024  Última atualização 13H55
Ataque atrasou o pagamento dos salários dos deputados © Fotografia por: DR

O chefe do Departamento de Comunicação e Segurança, Avelino Sanches Pires, em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), referiu que os técnicos deram conta da "infecção” há uma semana através de um dos servidores na área de gestão financeira, situação que transitou "rapidamente” para outras máquinas, cita a Lusa.

"Como medida de prevenção, esse segmento da rede foi imediatamente isolado e todos os outros computadores foram desligados da rede para evitar a propagação do vírus”, acrescentou. Avelino Pires garantiu, na sexta-feira, que a situação "está sob controlo” e que os salários dos funcionários e dos deputados já foram processados.

"A primeira questão é identificar o paciente zero e tomar as medidas para prevenir outros possíveis ataques”, afirmou, indicando que vai ser ainda investigado se o vírus já estava no sistema antes do dia 15 de Março.

Além disso, referiu que o Parlamento cabo-verdiano está a criar uma infra-estrutura em paralelo, enquanto trata da recuperação e limpeza das máquinas. "Não descartamos a possibilidade da contratação de uma empresa especializada na área de segurança para apoiar neste processo, caso haja necessidade”, indicou o técnico, na semana em que os deputados estiveram reunidos para a segunda sessão de Março.

Instituições cabo-verdianas têm sido alvo de ataques informáticos e o penúltimo caso aconteceu em Outubro, atingindo a principal empresa de telecomunicações de Cabo Verde, a CV Telecom (com a marca comercial Alou).

A 26 de Novembro de 2020, a Rede Tecnológica Privativa do Estado (RTPE) foi alvo de um ciberataque em larga escala, com impacto grave. O mais comum tem sido o ataque cibernético de ‘malware’ do tipo ‘ransomware lockbit’, conhecido como ‘vírus de criptografia’.

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