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Cabo Verde quer reforço dos órgãos democráticos

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui de Figueiredo Soares, defendeu, durante a participação da44ª reunião do Conselho Executivo da União Africana, em Adis Abeba, a necessidade de reforço da democraticidade nas instituições nacionais, regionais e internacionais.

19/02/2024  Última atualização 11H10
© Fotografia por: DR

Em entrevista à RFI, o responsável pela diplomacia cabo-verdiana falou dos desafios do continente em matéria de paz e segurança, defendendo o reforço das instituições democráticas e a necessidade da CEDEAO encetar um diálogo com o Burkina Faso, Mali e Níger, países que anunciaram a saída da organização regional.

A principal preocupação de Cabo Verde tem a ver com o reforço das instituições democráticas dos nossos países, especialmente da nossa região Oeste africana. É preciso reforçar as instituições nacionais para que a democracia e o desenvolvimento possam ser uma realidade nos nossos países, no geral no continente e especialmente na nossa região.

O presidente da Comissão da União Africana Moussa Faki mostrou-se preocupado com o enfraquecimento das organizações regionais, o diplomata falou sobre o risco do desaparecimento das referidas instituições. "Nós já tínhamos pedido, na reunião do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO, para que todas as partes entrem em diálogo proveitoso para que se evite a saída oficial desses países, pois isso poderá de facto significar a implosão de uma organização tão importante como a CEDEAO. O Presidente da Comissão referiu que é uma das organizações sub-regionais mais dinâmicas. Será preciso reforçar, sobretudo, o diálogo para que se evitem soluções que comprometem o desenvolvimento regional em África”, afirmou Rui Soares.

Quanto à participação da União Africana no G20, o diplomata cabo-verdiano defendeu que a "União Africana deve manter-se unida para saber enfrentar os desafios que representam esta integração no G20. Nós temos de falar a uma só voz naquilo que nos interessa, mostrar que o continente africano tem um peso específico na economia mundial e no desenvolvimento do planeta”.

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