O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Com muita vontade em celebrar os feitos das mulheres em palco, a actuação da cantora Carla Moreno ficou marcada com uma brilhante exibição durante o espectáculo realizado em alusão ao Março Mulher, que aconteceu na noite de sexta-feira, no Miami Beach.
A cabo-verdiana teve como convidadas as cantoras Raquel Lisboa, Djamila Delves e Yola Araújo, assim como a escritora Karen Pacheco.O talento, a força, a resiliência e a cumplicidade feminina foram reconhecidos por Carla Moreno como algumas das qualidades das colegas que a acompanharam em palco, e de forma geral das mulheres. "Então quando chegamos no mês de Março, temos mesmo que parar e celebrar todos os passos dados pelas grandes mulheres, senhoras de pulso que todas nós na verdade somos e de que às vezes nos esquecemos”, disse.
Carla Moreno acrescentou que as conquistas das mulheres devem ser comemoradas todos os meses.A artista também aproveitou o momento para comemorar por antecipação o aniversário, que acontece amanhã. "Foi uma dupla celebração e mais uma vez foi interessante cantar para um público especial. Desta vez, disse, o espectáculo teve um sabor muito especial. O dia 8 que se aproxima, lembrou, marca uma nova era na história mundial, com a celebração do Dia Internacional da Mulher.
As presenças de Raquel Lisboa, Djamila Delves e Yola Araújo representou para Carla Moreno o respeito e admiração pelo que fazem, e permitiu fortalecer o intercâmbio cultural entre os povos. "A nossa relação não é apenas profissional, por exemplo, a Raquel ajudou-me muito quando eu cheguei a Angola, hoje somos comadres. Nós trabalhámos juntas como coristas do Matias Damásio, Paulo Flores, Yuri da Cunha e outros artistas”, frisou a cabo-verdiana.
Carla Moreno ressaltou que "foi por isso que trouxe mulheres realmente incríveis, que em qualquer parte do mundo teriam notoriedade. A Yola, a Djamila, a Karen e a Raquel são mulheres com integridade, atitude, personalidade e guerreiras. São pessoas que me orgulham”.
De Sodade à Muxima
No concerto, Carla Moreno apresentou um reportório com músicas de mulheres que a influenciaram ao longo da carreira. A morna foi o estilo que abriu a noite com "Sodade”, mundialmente conhecida na voz da eterna Cesária Évora. "Mi Crea ser Poeta” foi outro clássico deste género na fase inicial.
A influência das cantoras de soul music americana em "No one”, de Alicia Keys, e "I look to you”, de Whitney Houston, também teve o seu espaço de brilho durante o concerto. Do Brasil explorou Paula Fernandes e Ana Carolina em "Pássaro de Fogo” e "É isso aí”, temas acompanhados pelo "coro improvisado” pelas mulheres no local.
O fado esteve presente com "Lágrimas”, da também eterna Amália Rodrigues, e à capela partilhou outras músicas do género português. Temas conhecidos noutros estilos como "No woman no cry”, de Bob Marley, e "Aisha”, de ChekKalled, ganharam versão à kizomba.
O "hino” de Tito Paris "Dance ma mi creola” foi escolhido para o que seria o final, mas mesmo já na recta final puxou outras canções. A cantora brindou ainda o público com "Cadê o Amor”, tema promocional da carreira.
A viagem musical encerrou com "Muxima”. Carla Moreno, das canções angolanas que interpretou, destacou o clássico "Humbi-Humbi”; "Inocenti”, de Paulo Flores, "Xuxú”, de Matias Damásio, e "Presta Atenção”, de Pérola.
As amigas
A primeira convidada a subir ao palco foi Raquel Lisboa e emprestou o seu timbre em "Monami”, de Lourdes Van-Dúnem. Com a dikanza sembou em "Canção Nostalgia”, de Carlos Burity. Djamila Delves puxou e agitou os fãs quando cantou o sucesso "E sou para dança”.
A última cantora a partilhar o palco foi Yola Araújo, com a antiga colega e a anfitriã. As três recordaram as Melomanias, em "Vagueando pelas ruas” e tiveram tempo para interpretar "Liamba”. Karen Pacheco levou a literatura em palco, ao declamar poesias. A saudade dos tempos que nunca viveu foi a mensagem deixada.
O percurso de uma cantora virtuosa
Carla Moreno explora os estilos morna, funaná, coladera e batuque, assim como viaja pela soul, R&B, blues, jazz e bossa nova. Dos grandes temas da morna, revive sucessos de Cesária Évora, Ildo Lobo e Paulino Vieira. No seu repertório destacam-se interpretações de temas de Paulo Flores e outras canções de artistas que a inspiram, como Whitney Houston, Aretha Franklin e Sara Tavares.
A música "Cadé o Amor”, de Dino Ferraz, marca a estreia numa aposta como cantora de temas inéditos. O compositor foi, igualmente, o responsável pelo "Se Fora eu”, com o qual venceu o Prémio da Canção de Luanda-LAC, em 2019. Carla Moreno carrega mais de duas décadas como corista, período em que trabalhou em palco e em estúdio com Paulo Flores, Tito Paris, Filipe Mukenga, Matias Damásio e Don Kikas.
A cantora teve o privilégio de cantar com Cesária Évora, Ildo Lobo, Bana e outros astros de Cabo Verde. Em 2021 fez um dueto com Don Kikas em "Ainda foi ontem”, confirmando a sua grande cumplicidade com artistas angolanos. Nos últimos anos celebrou parcerias com os rappers Prodígio, Father Mak e Duke, que provam a versatilidade da artista e a vontade para encarar novos desafios musicais. Carla Moreno é dona de uma senhora voz que canta e encanta por onde passa.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginOs escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A exposição fotográfica do artista angolano Pedro Yaba, intitulada "Simbiose" lança luz sobre a importância histórica da indústria mineira na economia nacional afirmou, segunda-feira, o secretário de Estado para Sector dos Recursos Minerais, Jânio Victor.
O músico Vui Vui e o artista plástico Horácio Dá Mesquita felicitaram a elevação dos géneros de dança e música kizomba, assim como a tchianda e os instrumentos musicais marimba e quissange a Património Imaterial Nacional, pelo Ministério da Cultura.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e o artista plástico, Pedro Yaba, inauguram, esta segunda-feira, uma exposição fotográfica, intitulada “Simbiose”, no âmbito das Jornadas do Trabalhador Mineiro.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O Governo do Bié iniciou a montagem de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas nos nove municípios da província, pelo elevado número de pessoas que morreram nas últimas chuvas, devido a este fenómeno, garantiu, sexta-feira, o governador Pereira Alfredo.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.