Mundo

Carlos Vila Nova apela à união entre os Estados

O Presidente são-tomense apontou, ontem, que as crises geopolíticas, guerras persistentes e crescentes tensões entre Nações têm abalado o mundo e apelou à união dos Estados para encontrar soluções que desactivem os conflitos antes de provocarem tragédias humanitárias.

03/02/2024  Última atualização 13H55
Carlos Vila Nova, Chefe de Estado de São Tomé e Príncipe © Fotografia por: DR

Carlos Vila Nova, citado pela Lusa, falava durante a cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelos representantes das Missões Diplomáticas e organizações internacionais acreditadas junto do Estado são-tomense.

Além de apontar os "desafios multifacetados" que têm afectado São Tomé e Príncipe e o seu povo, o chefe de Estado são-tomense considerou que, após décadas de "relativa estabilidade", o cenário internacional "foi sacudido por eventos recentes que desafiaram esta premissa", nomeadamente, "crises geopolíticas, guerras persistentes e crescentes tensões entre Nações".

Carlos Vila Nova considerou que estas situações destacam "a necessidade premente de uma diplomacia eficaz,  mediada por instituições internacionais robustas",   e  sublinhou que "é essencial denunciar a violação sistemática do Direito Internacional e dos princípios basilares da Carta das Nações Unidas".

"A paz e a segurança internacionais dependem da  nossa capacidade colectiva de enfrentar esses desafios e restaurar a ordem baseada em normas. Não podemos concordar com o sistema em que Nações mais fortes abusem do poder da força, seja ela física ou económica, para subjugar nações menos fortes", vincou Carlos Vila Nova.

O Presidente são-tomense indicou a "tendência de retrocesso" registada em 2023, face à "fragilidade dos regimes democráticos em alguns cantos do globo", e defendeu "esforços coordenados para preservar as instituições democráticas, proteger os direitos humanos e promover a participação cívica".

"Causa-nos inquietação a recorrência de mudanças inconstitucionais de Governos em várias nações africanas. Essas transições abruptas minam, não apenas a estabilidade interna desses países, mas também impactam negativamente a cooperação regional e internacional", disse Carlos Vila Nova. O Chefe de Estado são-tomense considerou que "a persistência da guerra da Rússia contra a Ucrânia  trouxe  a  preocupante ressurreição da corrida armamentista",  o que representa uma ameaça para a segurança global, e, no Médio Oriente, disse que "se parece instalar, pelo tempo que já leva, um outro conflito com repercussões próximas de catástrofes humanitárias".

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo