Sociedade

Casal de turistas exalta o espírito acolhedor da população de Angola

Kátia Ramos

Jornalista

O casal de turistas argentinos Roberto Ludueña e Belém Aspirós, que percorre o mundo em motorizada e chegou ao país vindo da vizinha República do Congo manifesta-se encantado com as maravilhas que a natureza oferece e exalta o espírito acolhedor dos angolanos.

08/03/2024  Última atualização 11H15
Embaixador da Argentina (no centro) recebeu os compatriotas © Fotografia por: Rafael Tati | edições novembro

Roberto e Belém, que chegaram a Luanda no passado dia 27, realçam que, em Angola, registam momentos de grande alegria, porque, segundo eles, em todas as localidades por onde passaram foram sempre bem recebidos.

"Estamos muito satisfeitos pela forma como somos acolhidos, não só pela população de várias regiões de Angola, mas, também, pelas autoridades locais. Entramos como turistas e, até agora, ainda não enfrentamos quaisquer tipos de constrangimentos”, salientou Roberto Ludueña.

O turista considera Angola um país aberto ao turismo e destaca o nível de receptividade das pessoas. "Apenas a língua coloca algumas barreiras na comunicação com os angolanos. Tirando isso, nada de mal temos a apontar”, comentou.

Quem também manifestou grande satisfação pela recepção feita aos seus compatriotas foi o embaixador da Argentina em Angola, Alejandro Verdier, que os recebeu logo à chegada a Luanda, no seu gabinete de trabalho.

"Existe um programa de atracção de turistas para Angola, que está a ser muito bem divulgado. O calor desse povo é contagiante. Dá força e coragem para continuar a percorrer este país, que possui locais turísticos incríveis”, sublinhou Alejandro Verdier.

Para alcançar Luanda, Roberto e Belém entraram pela província de Cabinda e, de seguida, passaram pelos municípios do Soyo e Dande, províncias do Zaire e Bengo, respectivamente.

Depois de três dias de permanência na capital, Roberto e Belém saíram em direcção às quedas de Calandula, província de Malanje, e apreciam os encantos da Serra da Leba, no Namibe e na Huíla. Vão usar as estradas de Benguela para chegar à Cidade do Cabo, na África do Sul.

"Desde que chegámos a Angola já comemos de tudo um pouco. A comida é muito boa. Mas ainda não provámos o famoso funge de calulú. Estamos sempre a ouvir falar disso, mas ainda não tivemos o prazer de provar”, disse o casal de turistas, que, nesta aventura pelo mundo, utilizam motorizadas.

Ao Jornal de Angola, Roberto contou que ele e a esposa "adoram” viajar de motorizada e apreciar a beleza natural do universo. "Optámos por esse estilo de vida. Não há nada melhor do que viajar de motorizada e apreciar a natureza. Juntos, já estivemos na Europa, América do Sul, América Central e do Norte e agora estamos em África”, narrou.

Juntos há 8 anos

O destino do casal cruzou-se numa viagem ao Alasca e a Nova Iorque (Estados Unidos da América) e Londres. O objectivo era ir ao Japão, mas uma pandemia "prendeu-os” por cinco meses na Hungria, país onde decidiram contrair o enlace matrimonial. O casal vive nesta condição há 8 anos.

Juntos, saíram da Argentina e passaram pela Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Brasil, Uruguai, Paraguai, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, México, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Espanha, Bélgica, Alemanha, Áustria, Hungria, Itália, Grécia, Sérvia, Bulgária, Turquia e Islândia.

Estando em França, embarcaram num ferryboat que os levou até à costa de África. Mesmo sem um plano bem definido, o casal entrou no "Continente Berço da Humanidade” por Marrocos, tendo de seguida avançado até à Mauritânia, Senegal, Guiné, Costa do Marfim, Ghana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões e Congo, antes de conhecer Angola.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade