O Papa Francisco apelou, este domingo, às melhores condições nas prisões, considerando fundamental que o sistema prisional ofereça aos presos espaços de crescimento.
A União Africana (UA) manifestou preocupação com "a tensão entre comunidades locais" no Norte da Etiópia e apelou ao "fim das hostilidades" que já obrigaram pelo menos 50 mil pessoas a deslocarem-se, segundo a ONU.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) realiza, hoje, em Abuja- Nigéria, uma reunião extraordinária do seu Conselho de Mediação e Segurança, ao nível ministerial, após a decisão do Senegal de adiar as presidenciais.
No comunicado, a CEDEAO diz apenas que na agenda de trabalhos está um debate sobre "questões políticas e de segurança actuais na região", noticia a Reuters. O Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, decretou o adiamento das eleições presidenciais, que estavam marcadas para 25 deste mês, para 15 de Dezembro, decisão que despoletou uma forte contestação da oposição e várias manifestações".
A decisão de Macky Sall foi aprovada, por maioria, pelo Parlamento do Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, que deu ainda luz verde à prorrogação, por um ano, do mandato do Presidente cessante.
A CEDEAO inibiu-se de condenar o adiamento das eleições, não indo além de manifestar "a sua preocupação com as circunstâncias que levaram" às mesmas e apenas pedindo às "autoridades competentes que acelerem os diferentes processos para estabelecer uma nova data".
Na quarta-feira, os Estados Unidos afirmaram que o adiamento das eleições "não pode ser considerado legítimo" e exortaram o Governo do Senegal "a organizar as eleições presidenciais em conformidade com a Constituição e as leis eleitorais".
A posição norte-americana contrasta com a declaração lacónica da diplomacia francesa, antiga colónia e com presença incomparavelmente maior em toda a região, que até agora apenas manifestou os votos de que as eleições sejam "realizadas o mais rapidamente possível".
A União Europeia acompanhou a posição assumida pela CEDEAO, apelando à realização de "eleições transparentes, inclusivas e credíveis, o mais rapidamente possível e com respeito pelo Estado de direito, a fim de preservar a longa tradição de estabilidade e democracia no Senegal", de acordo com um comunicado divulgado no mesmo dia.
O Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO deverá ainda debater a situação criada pelo Burkina Faso, Mali e Níger, três países governados por juntas militares saídas de golpes de Estado e que formam desde Setembro de 2023 a Aliança dos Estados do Sahel (AES), que anunciaram no passado dia 28 o abandono do bloco regional.
Crise política pode ter impacto económico negativo
A agência de notação financeira Standard & Poor's alertou, ontem, que a decisão de adiamento das eleições presidenciais no Senegal cria instabilidade política e pode levar à fuga de capitais e perda de confiança dos investidores.
"Na nossa opinião, um prolongado período de incerteza pode ter efeitos em cascata no fluxo de investimentos no país e, nesse sentido, na actividade económica, que antevemos que cresça cerca de 8% ao ano entre 2024 e 2026", escreve a agência de 'rating'.
Num comentário enviado aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, a S&P diz que "apesar de não antever um cenário em que o actual Presidente se agarre ao poder indefinidamente, estes desenvolvimentos vão provavelmente erodir a confiança na robustez institucional do Senegal e prejudicar a sua reputação de uma das mais estáveis democracias em África, com um longo historial de transferências pacíficas de poder".
Na segunda-feira, o Parlamento senegalês aprovou uma lei que adia as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro e prorroga por um ano o mandato do Presidente cessante, Macky Sall.
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