Política

Chefe de Estado parte hoje para a República Popular da China

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, viaja, hoje, em visita oficial, à República Popular da China, a convite do homólogo Xi Jinping.

12/03/2024  Última atualização 08H05
João Lourenço tem agendado encontro com várias personalidades © Fotografia por: DR

De acordo com uma nota da Secretaria de Imprensa, chegada ontem ao Jornal de Angola, sexta-feira, sábado e domingo serão os três dias da visita, que tem como ponto mais alto um encontro com o Presidente Xi Jinping logo no primeiro dia, destinado a abordar a estratégia futura das relações bilaterais.

O mesmo documento refere que "estão também agendados encontros do Chefe de Estado angolano com o Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular (Parlamento), Zhao Leji”.

Uma declaração conjunta deverá ser divulgada na sequência das conversas do Presidente angolano com as mais altas entidades da República Popular da China, prossegue a nota de imprensa, distribuída ontem, em Luanda.

Do vasto programa que João Lourenço cumprirá em terras chinesas consta ainda a participação num fórum de negócios, cujo o tema Investimento em Angola estará no centro dos debates, realçando-se, igualmente, as audiências que o estadista angolano vai conceder a empresários chineses que já actuam no mercado nacional ou o queiram fazer futuramente.

Na mesma linha, está agendado, também, um encontro do Presidente da República com representantes da comunidade angolana estabelecida na China.

O último capítulo da visita do Presidente João Lourenço à China será cumprido na província de Xandong, ao longo de domingo, constando de contactos com sectores produtivos nos domínios da Indústria Têxtil, Farmacêutica e actividade agrícola.

A comitiva do Chefe de Estado para esta missão à China integra, entre outros, os ministros da Energia e Águas, Transportes, Agricultura, Finanças e Recursos Minerais, Petróleo e Gás. 

Relações diplomáticas

As relações entre Angola e a China datam de 1983, com um forte carácter político no início, mas a partir de 2000 tiveram maior ênfase quando a gigante asiática começou a fazer empréstimos ao país para alavancar a economia nacional.

Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos. Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu os 61 por cento, ou seja, para 5,55 mil milhões de dólares.

A China é, actualmente, o maior credor de Angola, com base em várias linhas de crédito abertas pelo Governo chinês, através de bancos estatais. A dívida, paga essencialmente com o valor da venda de petróleo, rondava, até 2019, os 23 mil milhões de dólares.

Em 2018, a China aprovou uma nova linha de financiamento de dois mil milhões de dólares norte-americanos. Esta parceria assenta-se na igualdade e benefícios mutuamente vantajosos, e pode, também, para além de contribuir para o desenvolvimento dos dois países, ajudar no estabelecimento de uma nova ordem política e económica internacional e promover a democratização das relações internacionais.

Em Angola, a China opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de Formação de Quadros, caso da construção e apetrechamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) e da Academia Diplomática Venâncio de Moura e bolsas de estudos para os jovens angolanos.


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