O ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou, terça-feira, em Luanda, o Jazz como um género musical inclusivo que se renova continuamente pela incorporação de novas estruturas.
Vários artistas nacionais e internacionais actuaram, terça-feira, às 20h, na Baía de Luanda, na abertura do Festival Internacional do Dia do Jazz, organizado pela Bienal de Luanda, o projecto Resiliart Angola e a UNESCO.
A elevação do estilo musical e dança Tchianda a Património Cultural Imaterial Nacional deve constituir um factor motivacional para o reforço das políticas culturais de divulgação, valorização e preservação.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, nas reacções sobre a classificação do estilo de música e dança pelo Ministério da Cultura, o músico e compositor Santos Católica destacou o feito como um momento de alegria.
O músico considerou, ser importante a criação de estratégias pelas autoridades para tornar o património num cartão de visitas para a província, em especial, e no geral, para o país. Defendeu a importância de se continuar a apostar na valorização dos géneros musicais tradicionais, com vista a deixar um legado positivo às novas gerações.
Para Santos Católica, é imperioso o fortalecimento das políticas de protecção e preservação das raízes culturais nacionais. Ressaltou que a classificação da Tchianda a Património Imaterial Nacional, demonstra o valor que o Executivo atribuiu a um dos estilos de música e dança mais apreciado entre as distintas manifestações culturais no país.
Esse processo, referiu, deve ser feito, juntamente com a valorização das línguas nacionais por meio das canções e danças, tendo em vista o reforço da transmissão de conhecimentos no seio das comunidades, principalmente dos jovens.
Internacionalização
Manuel Vungo, o director artístico do agrupamento musical Os Mimbo, do estilo Tchianda, felicitou o Instituto Nacional do Património Cultural por propor a classificação do estilo a Património Imaterial Nacional através do Ministério da Cultura.
As músicas e danças típicas angolanas, disse, devem ser preservadas a partir da essência, para se evitar a descaracterização e originalidade.
Manuel Vungo defendeu respeito à essência do género musical e dança Tchianda, com vista a preservação da matriz, como uma herança transmitida e partilhada entre as diferentes gerações.
A nova geração, aferiu, tem conseguido dar continuidade na preservação e valorização do estilo. Realçou que o uso de instrumentos como o violão, a guitarra eléctrica, os teclados, as cordas e até mesmo os metais, contribuem, significativamente, para a modernização estética dos trabalhos produzidos pelos artistas deste género.
A Tchianda, disse, é um dos principais meios de manifestação cultural do povo Cokwe. Além de recreativa, afirmou, é, essencialmente, destinada às cerimónias comemorativas, recepção de entidades numa determinada localidade, agradecimento e demonstração de felicidade.
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