Sociedade

Cónego Antero defende mais apoio aos pacientes

Pedro Bica| Jornalista

O cónego Antero Beji, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição-Sé Catedral defendeu, domingo, em Luanda, maior proximidade com os doentes, como fonte primária para a cura, “porque a ansiedade, muitas vezes, mata mais do que a própria doença”.

12/02/2024  Última atualização 09H12
Padre católico quando celebrava missa dominical em alusão ao Dia Mundial do Doente © Fotografia por: Arsénio Bravo| Edições Novembro

O sacerdote, que falava numa celebração eucarística alusiva ao Dia Mundial do Doente, defendeu, também, maior preocupação, amor e caridade com os pacientes acamados e não só.

Antero Beije lembrou que a data representa para a Igreja Católica um momento de reflexão, oração e partilha, com a celebração de missas e acções que visam sensibilizar a sociedade para a necessidade de apoiar e ajudar os doentes.

Durante a homilia, o sacerdote explicou que o repouso é essencial no processo de recuperação, acrescentando que as recomendações médicas devem ser seguidas com rigor.

De acordo com o padre católico, apesar dos contratempos que a vida quotidiana nos apresenta, o Dia Mundial do Doente é um momento especial para pensar nos que sofrem mental, física e espiritualmente.

Segundo o cónego Antero Beije, embora adoentados ou não, a felicidade depende de nós, por isso é necessário encontrar forças no perdão, esperança, batalhas, segurança, medo, amor e nos desencontros.

"Agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida deve representar um acto constante de fé, pois só através da divindade é possível existir vida”, sublinhou, acrescentando que ser verdadeiramente feliz é deixar de ser vítima dos problemas, se tornar a própria história de poder viver, em harmonia com os irmãos, apesar da dor.

"É importante ser feliz e usar as lágrimas para projectar a tolerância, usar as pernas para refinar a caminhada, a paciência para as falhas, esculpir a serenidade e a dor para lapidar o prazer” destacou.

O Dia Mundial do Doente é assinalado anualmente a 11 de Fevereiro, em memória de Nossa Senhora de Lourdes. A data foi instituída em 1992, pelo Papa João Paulo II e tem sido aproveitada para a sensibilização da sociedade sobre a necessidade de se respeitar os direitos da pessoa doente.

 
Mensagem do Papa Francisco

Na sua mensagem, por ocasião da data, o Papa Francisco refere o seguinte: "associo-me, pesaroso, à condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência”.

De acordo com o Santo Padre, a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas frágeis pagam-lhe o preço alto e isto agrava-se no tempo da fragilidade, da incerteza e da insegurança, causadas, muitas vezes, pelo aparecimento de alguma doença grave.

"Não é conveniente que o homem esteja só. Desde o início, Deus, que é amor, criou o ser humano para a comunhão, inscrevendo no seu íntimo a dimensão das relações. Assim, a nossa vida, plasmada à imagem da Trindade, é chamada a realizar-se plenamente no dinamismo das relações, da amizade e do amor mútuo”, diz o Papa.

O prelado católico salientou que fomos criados para estar juntos, porque o projecto de comunhão está inscrito profundamente no coração humano. "A experiência do abandono e da solidão atemoriza-nos e olhamo-la como dolorosa e até desumana”. 

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