O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Justino Handanga, Bessa Teixeira e Edna Mateia são exemplos de que para se estar no auge da música angolana não é necessário viver na capital do país. Handanga, em 2013, foi distinguido com o Prémio Nacional de Cultura e Artes.
A doença não o afastou totalmente dos palcos. Em Janeiro deste ano, cantou na inauguração do Centro Cultural Manuel Rui Monteiro, no Huambo, e um mês antes foi um dos convidados do Especial Fim-de-Ano de Matias Damásio, momento em que este se prontificou a produzir-lhe um trabalho discográfico. Em 17 de Setembro do ano passado, com Socorro, Vozes do Nâmbua, Baló Januário e Bessa Teixeira, actuou na primeira edição do "Muzonguê Aplausos da Saudade”, realizado no Espaço Aplausos, na centralidade do Sequele.
Um momento que fica para a posteridade, já que pode ser revisitado a qualquer altura na internet, é a edição do Live no Kubico dedicado à música do Centro-Sul, em que Justino Handanga foi uma das atracções, a par de Bessa Teixeira, acompanhados pela Banda Geração Nova do Huambo. Mais uma vez, Handanga arrasou e proporcionou grandes emoções ao cantar "Ndatekateka”, "Tenho Saudades”, "Mbembwa”, "Ene Akulu” e "Carlito”. Cantou ainda "Paulina”, tema infalível nas rádios no Dia dos Namorados, "Feko Ndissoke”, "Okanda Kunene” e "Jindange”.
Justino Handanga, tal como Bessa Teixeira, são "produtos” do projecto "Vozes do Planalto”, lançado em 2003, que teve o apoio do então governador do Huambo, Paulo Cassoma. Depois, contaram com o inestimável patrocínio do falecido empresário Valentim Amões, nos respectivos projectos a solo.
"Ele foi um grande irmão com quem partilhei os palcos nos bons e maus momentos. O Huambo está em luto com a morte deste monstro da música angolana. Para mim, Justino Handanga faz parte da lista dos melhores cantores de África”, disse o pesaroso Bessa Teixeira, o músico. "Handanga representou muito bem a cultura local. Não é coisa fácil quem canta em Umbundu romper as fronteiras nacionais e conquistar o mundo”, sublinhou, acrescentando que o companheiro de jornada deixa um legado que precisa ser valorizado e preservado.
Justino Handanga nasceu no dia 1 de Janeiro de 1969, na aldeia de Ndoluca, comuna do Luvemba, município do Bailundo e começou a sua carreira na década de 1980.
Na infância, participava no concurso denominado "Piô-Piô”, realizado aos domingos pela Organização de Pioneiros Agostinho Neto (OPA), no município do Bailundo, onde imitava músicos nacionais e internacionais.
Aos 17 anos, ingressou nas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e fez parte de um grupo musical da corporação, denominado "Pela Paz”. No dia 10 de Outubro de 1992, ingressou na Polícia Nacional após cumprir o processo de transição.
Justino Handanga gravou dois discos. O primeiro com o título "Ondjonguele ya Telisiwã” (Alvo Atingido), em 2004, e o segundo, "Homenagem ao Empresário Valentim Amões”, lançado em 2011. Em 2013, foi vencedor do Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria Música.
Falecimento, a Professora Doutora Aida Pegado
Aida
Pegado enluta Academia
A Academia angolana, mais concretamente a Universidade Agostinho Neto, perdeu, por falecimento, a Professora Doutora Aida Pegado, coordenadora do Curso de Pós-graduação em Gestão e Resolução de Conflitos da Faculdade de Ciências Sociais e orientadora de teses, dissertações e trabalhos de fim de curso.
"Lamento que os quadros angolanos estejam a partir cedo, embora saibamos que cada um de nós tem a sua hora”, exprimiu a linguista Paula Henriques.
"Uma notícia demasiada pesada e de profunda melancolia. Foi Professora de muitos quadros que produzem hoje em várias áreas da nossa sociedade. É, por esta e outras razões, uma enorme perda para o país e para o Universo”, afirmou Fonseca Chindondo, politólogo e antigo vice-ministro da Comunicação Social.
Aida Pegado escreveu a biografia do nacionalista e antigo ministro das Relações Exteriores de Angola, Pedro de Castro Van-Dúnem "Loy” intitulada "Pedro de Castro Van-Dúnem ‘Loy’. Um percurso político singular 1942-1997”. Escreveu, igualmente, o artigo, bastante referenciado em meios académicos "Angola como potência regional emergente. Análise dos factores estratégicos”.
Era doutorada em Estudos Africanos na área de Política e Relações Internacionais, numa perspectiva interdisciplinar, pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL). Era, ainda, docente do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto . Colaborava também como docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS) de Luanda.
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