Política

Educação e infra-estruturas são prioridades para Angola

A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou terça-feira, numa conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a Educação e as infra-estruturas são as prioridades do Governo para desenvolver o país e atrair investimento externo.

13/03/2024  Última atualização 08H25
Vera Daves de Sousa participa em Fórum do FMI © Fotografia por: Edições Novembro
"Nos últimos cinco anos, temos apostado mais na Saúde do que na Educação, para ser honesta, mas agora que estabilizámos vamos colocar mais energia na Educação, em combinação com investimento nas infra-estruturas”, disse Vera Daves de Sousa, no Fórum Orçamental Africano, organizado ontem pelo FMI, respondendo à questão de como equilibrar a despesa pública com a contenção orçamental.

"O desafio é melhorar o ambiente empresarial para atrair Investimento Directo Estrangeiro”, disse a governante, citada pela Lusa, reconhecendo que, "no papel, as condições estão lá, mas na prática é preciso que estejam lá também” e apontando melhorias na administração pública e na digitalização como importantes para atrair os investidores estrangeiros. No Fórum, aberto pelo antigo ministro das Finanças de Portugal e director do departamento orçamental do FMI, Vitor Gaspar, Vera Daves de Sousa defendeu que o apoio internacional é importante para relançar o desenvolvimento dos países africanos, mas reconheceu que é preciso fazer o trabalho de casa.

"O apoio internacional devia realizar-se, devia ser objectivo, o critério para analisar e classificar quer os países em desenvolvimento quer os desenvolvidos devia ser justo e objectivo e vai ajudar-nos a trabalhar nessa base, mas os governos devem fazer a sua parte, mobilizando mais receitas, fazendo boas escolhas, gerindo bem a dívida e sendo transparentes sobre a boa governação e o combate activo à corrupção”, disse.

Para a governante, as iniciativas de apoio orçamental, como a de suspensão do serviço de dívida ou os mecanismos de combate ao excessivo endividamento não serão suficientes sem os governos africanos aprovarem, eles próprios, medidas de controlo orçamental.

"É nossa responsabilidade, termos de ser nós a fazer. A reestruturação, o perdão da dívida, as ajudas internacionais, nada será suficiente sem isto, e devemos fazer a nossa parte”, salientou Vera Daves de Sousa, desafiando também os cidadãos a contribuírem, nomeadamente os mais ricos, que devem pensar onde colocam as suas poupanças, se em bancos internacionais, se em bancos africanos, concluiu.

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