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Empresas do sector privado apresentam dificuldades

A maioria das empresas do sector privado de Cabinda está a ponderar muito sobre o aumento do salário mínimo para 245 mil kwanzas, de acordo com a exigência das centrais sindicais, por não terem capacidade de pagar os funcionários, disse, ontem, o director da fábrica de água mineral Tchiowa.

23/03/2024  Última atualização 09H10
Director da fábrica Tchiowa vê entrave na questão do salário © Fotografia por: António Soares | Edições Novembro

Samuel Pequeno explicou que a margem salarial exigida pode forçar o despedimento massivo de funcionários, sobretudo nas empresas autónomas. Para o empresário, o critério de pagamento salarial nas pequenas, micro e médias empresas deveria obedecer aos critérios de produção.

"Tendo em conta a realidade local, o sector privado não estará à altura de remunerar os seus trabalhadores. É importante que se encontre um valor equilibrado, porque as empresas privadas, a nível local, não se vão conseguir manter a pagar um salário de 245 mil kwanzas”, apelou.

Caso o valor venha a ser estipulado como o salário mínimo e o Governo não encontre um meio-termo, a primeira medida de muitas empresas privadas vai ser o despedimento em massa de funcionários.

A fábrica de água Tchiowa, em Cabinda, informou, possui 105 trabalhadores que trabalham em regime de turnos. "Logo, pagar 245 mil kwanzas a cada um é insuportável”.

Para Samuel Pequeno, tanto o Governo como as centrais sindicais devem encontrar um equilíbrio na questão relativa à nova tabela salarial, de maneira a beneficiar todos.

O sócio gerente da firma "JG”, Jerónimo Gouveia, disse ser "absurdo” pagar 245 mil kwanzas como salário mínimo. "O custo de vida subiu também para as pequenas empresas, que apresentam um quadro macro/económico deficitário e com tendência de falência”, disse o sócio gerente da firma vocacionada no comércio a retalho e detentora de uma rede de supermercados com mais de 50 funcionários.

A reivindicação dos sindicatos, adiantou, é boa, mas, acrescenta, é fundamental as partes encontrarem uma solução equilibrada.

Bernardo Capita e Pedro Vicente | Cabinda


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