Cultura

Escritores Beni dya Mbaxi e Júlio Ginga destacam impacto positivo da feira do livro

O escritor Beni dya Mbaxi, distinguido como Melhor Autor Lusófono de África, no Festival Internacional do Livro de Francis Town, que decorreu de quarta-feira até sábado, no Botswana, uma iniciativa da Mulher Forte Literatura Africana (MFAAL) considerou a participação da delegação angolana de positiva.

10/03/2024  Última atualização 10H57
Escritores angolanos dignificaram o país no Festival Internacional do Livro no Botswana © Fotografia por: DR

Devido aos custos da estadia, o que os obrigou a regressarem para o país dias antes da cerimónia de encerramento, ainda assim, disse, foi uma actividade proveitosa por permitir manter contacto com uma realidade literária diferente e partilhar experiências com outros jovens escritores da região.

Enquanto convidados, Beni dya Mbaxi, sublinhou que cumpriram o papel de representar bem o país. Fizemos parte da organização, fomos a primeira comitiva que teve a oportunidade de ter contacto com uma realidade diferente da angolana, pelos hábitos e tradições. Uma das novidades, foi o facto da organização ter colocado à disposição dos participantes e do público várias plataformas de interacção.

Sobre a agenda de actividades, realçou, que no primeiro dia, realizou-se doações de livros e abertura da feira de livros que contou com a participação de escritores, cantores, editores, leitores e amantes da literatura de diferentes países, proporcionando um intercâmbio cultural proveitoso.

Beni dya Mbaxi referiu que o primeiro e segundo dia, ficou marcado pelos debates, palestras, sessões de autógrafos e lançamento de livros, uma oportunidade que se tornou única para celebrar a arte da escrita e promover o diálogo entre os diversos povos e culturas representados no Festival Internacional de Livro de Francistown.

Para além de si, o país está presente com mais dois artistas, o cantor Mauro Larsson; e o escritor Júlio Ginga Mateus "O Filantropo”, como é conhecido artisticamente. O homenageado realçou que, tanto o Júlio Ginga, como o Mauro Larsson, fazem parte dos artistas internacionais convidados.

 
Educação patriótica

Júlio Ginga Mateus foi um dos prelectores convidados para participar em debates sobre a literatura no contexto da lusofonia, enquanto que Mauro Larsson brindou o festival com as suas músicas de estilo R&B e Kizomba.

Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, Júlio Ginga Mateus, fez uma pequena incursão dos diversos projectos que tem desenvolvido no país, como a promoção de palestras de educação patriótica, cidadania participativa, moralização social, projecto de assistência social a pessoas carenciadas, incorporados no Programa Ambiental Angola Verde.

Sobre o tema em abordagem "O Papel do Jovem Escritor na redefinição da Identidade de África, no contexto actual da Globalização”, Júlio Ginga, disse, ter mostrado a importância dos jovens escritores promoverem nas produções literárias temas assentes na educação financeira, empreendedorismo e gestão de pequenos negócios, de forma a ajudar na formatação da mentalidade e preparação da juventude africana, para saberem lidar com as crises financeiras.

Se por um lado, referiu, há a necessidade de se defender a identidade africana, por outro, disse, não se pode ignorar os avanços das tecnologias e os efeitos da globalização. O jovem africano deve posicionar-se e estar na vanguarda do desenvolvimento do continente, sobretudo na transformação dos recursos naturais em riqueza para o bem das comunidades.

Durante a sua intervenção, disse, ter alertado a juventude para estar atenta às dinâmicas geopolíticas internacionais em que os factores económicos, que têm sido o principal vector de conflitos no continente africano.

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