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“Esforço consentido pelos antigos combatentes valeu a soberania”

O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade, disse ontem, no Cuito, capital da província do Bié, que o Estado e a sociedade angolanas têm uma dívida patriótica e de honra para com os antigos combatentes e veteranos da pátria, pelos serviços relevantes prestados e o papel determinante desempenhado no processo de Luta de Libertação Nacional até à conquista da Independência, a 11 de Novembro de 1975.

16/03/2024  Última atualização 10H30
Ministro “Liberdade” sublinhou que a dívida patriótica deve ser assumida por todos os angolanos © Fotografia por: EDIÇÕES NOVEMBRO

Ao discursar no acto central que marcou o 63º aniversário do 15 de Março de 1961, efeméride que marcou a expansão da Luta Armada de Libertação Nacional, João Ernesto dos Santos "Liberdade” realçou que os actos de bravura e heroísmo protagonizados pelos nacionalistas, sobretudo no Norte do país, serviram de réplica para o resto do território nacional, culminando assim com a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, pelo saudoso Presidente António Agostinho Neto.

Esta dívida patriótica deve ser assumida por todos os angolanos, orgulhosos de terem hoje um país livre e serem donos do seu próprio destino, tudo isso fruto da estratégia heróica de muitas figuras que hoje estão na condição de antigos combatentes, mas que desde muito cedo se viram privados de momentos especiais da sua juventude para concretizar o sonho secular de liberdade, sublinhou.

Por tal facto, João Ernesto dos Santos "Liberdade” apelou aos angolanos, orgulhosos de serem independentes, soberanos e donos do seu próprio destino, a assumirem esta dívida de gratidão para com aqueles que deram o melhor de si para uma Angola independente.

"Perante este quadro desafiador, muitas vezes mal  interpretado por algumas sensibilidades, independentemente das diferenças pessoais, opções político-ideológicas e confissões religiosas, é importante unir sinergias, fortalecer o combate às más práticas de gestão da coisa pública, lutar pelo desenvolvimento e crescimento sócio-económico do país, fortalecer o Estado e lutar pela dignidade da pessoa humana”, disse o ministro.

Ao reiterar a dívida de gratidão assumida pelo Estado, o ministro da Defesa garantiu que os departamentos ministeriais competentes, no âmbito das políticas públicas, vêm tomando medidas e aprovando vários programas que visam a satisfação das necessidades concretas e especificas dos antigos combatentes e seus familiares.

Por outro lado, o ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria disse serem visíveis os trabalhos em curso na província do Bié, que vão proporcionar futuramente mais dignidade a todos aqueles que se entregaram sem receio para que Angola fosse una e indivisível.

Citando como exemplo o processo de atribuição do Cartão de Identificação, a proposta de reajuste da pensão, o programa Kwenda, o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios e também o FADA, o ministro considerou estes projectos como de impacto social significativo nos diferentes domínios, contribuindo para a estabilização da vida dos Antigos Combatentes.

O acto das comemorações do 63º aniversário da efeméride, que contou com a participação de representantes de diversos estratos sociais, decorreu sob o lema "15 de Março de 1961-Antigos combatentes, símbolo vivo de um passado Histórico”.

Feira Agrícola marca celebrações

As comemorações do 63º aniversário do Dia da Expansão da Luta de Libertação Nacional ficaram marcadas com a realização de uma exposição de produtos do campo, produzidos pelas diversas cooperativas dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria sedeadas na província do Bié.

Entre os produtos expostos, constava feijão, batata-doce e rena, hortícolas, entre outros.

O ministro João Ernesto dos Santos "Liberdade”, acompanhado pelo governador do Bié, Pereira Alfredo, e demais membros da sua comitiva, visitou cada um dos stands, onde se inteirou dos níveis de produção e de produtividade das cooperativas dos assistidos, fruto das políticas que o Governo angolano tem implementado para a sua reinserção e integração social.

Antes do evento, o ministro, que cumpriu uma jornada de trabalho de dois dias à província do Bié, testemunhou o içar da Bandeira da República no Memorial Heróis do Cuito, localizado nos arredores desta cidade.

Também manteve um encontro com mais de mil pensionistas da região, onde são assistidos 2.925 antigos militares, entre combatentes, veteranos da pátria, viúvas, órfãos e descendentes.

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