Sociedade

Estado anuncia novas políticas de género

Manuela Gomes

Jornalista

A secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação afirmou terça-feira, em Luanda, que a igualdade de género e o empoderamento da mulher são metas importantes nas políticas do Executivo angolano.

03/04/2024  Última atualização 13H10
Secretária de Estado para Ciência e Tecnologia, Alice Almeida © Fotografia por: Edições Novembro
Alice de Ceita e Almeida disse, na abertura do seminário sobre os "Desafios da mulher angolana na Ciência e Tecnologia”, realizado no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais (ISPC), que é preciso haver mais estudos sobre os desafios das mulheres neste século.

Para a secretária de Estado, é preciso criar programas específicos, como os de formação de quadros, melhoria da qualidade do Ensino Superior, desenvolvimento da investigação científica e tecnológica, para melhorar a questão da igualdade de género.

Actualmente, avançou, a presença das mulheres na Ciência e em especial na Tecnologia e Inovação, é escassa. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apenas 30 por cento dos cientistas são mulheres e ganham em média 12 por cento a menos que os homens em posições similares.

"A tecnologia ainda é um campo dominado por homens, pouco acessível às mulheres, ainda que tenham interesse”, disse, acrescentando que hoje os desafios são enormes para a classe feminina, desde as oportunidades de formação, responsabilidades familiares, diferenças salariais e discriminação.

Formação de base

A secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação salientou que as mudanças devem começar nas escolas, com a implementação de projectos capazes de incentivar as mulheres a seguirem a carreira científica.

Os empregos "verdes” e os negócios sustentáveis, avançou, são os motores do crescimento futuro. A inclusão das mulheres nessas áreas, realçou, vai ajudar a reduzir as desigualdades económicas e sociais já existentes.

"É importante impulsionar a participação de mulheres nessas áreas e reduzir a discriminação de género, no que toca à participação feminina na economia verde, azul e circular como parte da transição para a sustentabilidade”,  destacou.

Mulher polícia

O director do ISCPC, Andrewyong Inaculo, afirmou que a Polícia Nacional tem sido um exemplo de reconhecimento do papel que a mulher representa. Para o comissário, é importante que o processo de valorização de género  seja encarado como uma grande oportunidade e um desafio, para que as mulheres continuem vincando e a ocupar um espaço na sociedade.

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