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Estado moçambicano sob alerta amarelo

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano emitiu, ontem, um aviso vermelho face à formação de uma tempestade tropical severa, que deverá atingir o Sul e Centro do país com rajadas até 120 quilómetros por hora e chuvas fortes.

13/03/2024  Última atualização 06H20
Tempestade com ventos e chuvas fortes nas regiões centro e norte © Fotografia por: DR
Em comunicado citado pela Lusa, o INAM refere que às 10h30 locais de ontem as projecções apontavam que a actual perturbação tropical continue "a evoluir e atingir o estágio de tempestade tropical severa”. A previsão é de ventos fortes, até 85 quilómetros, e rajadas, até 120 quilómetros por hora, "o que poderá agitar o estado do mar, gerando ondas até sete metros de altura”. "Adicionalmente, prevê-se a ocorrência de ventos fortes e chuvas moderadas, localmente muito fortes, acompanhadas de trovoadas nos distritos costeiros das províncias de Gaza, Inhambane (Sul), Sofala e Zambézia (Centro)”, acrescenta o comunicado. O INAM está a aconselhar a adopção de "medidas de precaução e segurança para a navegação marítima”.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou, no final de Setembro, à preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno 'El Ninõ' no país nos meses seguintes, com previsões de chuva acima do normal e focos de seca.

"A história repete-se. Então, temos de criar condições de resiliência. Nesse sentido, o Governo emitirá avisos regulares para manter a população informada e preparada para as condições climáticas que podem não ser favoráveis à vida, à produção ou às infra-estruturas”, afirmou o Chefe de Estado.

Filipe Nyusi avisou que as previsões indicam que o país vai voltar a "registar o fenómeno 'El Ninõ'”, que "pode trazer chuvas normais com tendência para acima do normal nas regiões Centro e Norte, e chuvas normais com tendência para abaixo do normal, que podem originar alguns focos de seca, no Sul”.

 "Isso exige que todos estejamos cautelosos e preparados para enfrentar este desafio causado pelas mudanças climáticas”, disse o Presidente, apelando à organização e chamando a atenção para que se poupem meios e se reserve água paraconsumo humano e animal”. Acrescentou que  "este é um apelo que faço para todo o país. Portanto, estejamos atentos e sigamos as orientações para mitigar o impacto, evitando ou minimizando os danos e perdas, incluindo de vidas humanas, por um lado, e que, por outro lado, façamos uma gestão adequada e responsável de água, especialmente em momentos de escassez”.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando, ciclicamente, cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.

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