A palestra, uma iniciativa da Brigada Jovem de Literatura de Angola em Benguela (BJLAB), serviu para munir aos estudantes de conhecimentos ligados à História da Luta de Libertação Nacional.

Enquadrada no âmbito da jornada do 4 de Fevereiro, dia que marca o Início da Luta de Libertação Nacional, o professor universitário, Dinis Sikala, explicou que na verdade, possivelmente os estudantes conhecem só aquilo que se tem dito e não sabem o que está por detrás da Luta de Libertação Nacional.

Por isto, disse que a palestra foi com o intuito de se reflectir sobre o papel que a literatura jogou na mobilização e na tomada de consciência daqueles que foram os mentores da Luta de Libertação Nacional no país.

Para o docente universitário Dinis Sikala, é importante que a oralidade tenha lugar nas escolas, de modo a potencializar os estudantes com algum conhecimento, através, também, da investigação.

"A investigação está no livro. Para além de falar sobre este papel da literatura na Luta de Libertação Nacional, a palestra serviu, também, de incentivo aos estudantes a considerarem o livro como um grande amigo e começarem a ler aquilo que desconhecem”.

Explicou que é importante que as escolas tomem consciência de que o aluno, além de aprender dentro da sala de aula, também aprende noutros locais. Destacou a importância do trabalho autónomo, visitas de campo (extra-escolares), que fazem com que o aluno aprenda de forma descontraída.

O docente universitário considerou vital a criação de actividades extra-escolares, para munir os alunos de conhecimentos dos marcos históricos do país, destacando a importância do ambiente extra-escolar para o crescimento das crianças.

Outra forma de aprender

Já o responsável pelas actividades extra-escolares da Escola do Magistério Primário "Comandante Kuenha”, Joaquim Emiliano, disse que abordar sobre a literatura por via do debate é uma outra forma de os estudantes aprenderem.

Joaquim Emiliano referiu que além da palestra, realizou-se, também, em simultâneo, uma oficina literária, com a disponibilidade de livros, semelhante a uma biblioteca ambulante onde os estudantes tiveram um contacto com o acervo.

Por sua vez, Chissola Faria, membro da coordenação dos assuntos literários da Brigada Jovem de Literatura de Benguela, disse que palestras do género vão continuar, com objectivo de dotar os estudantes de diversas escolas, conhecimentos sobre a História de Angola.