Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, através de uma ordem executiva divulgada ontem, orienta medidas de segurança para evitar que os dados pessoais dos norte-americanos, que intitulou de "ouro digital", sejam explorados por países como a China e a Rússia.
Para Washington, os "países sensíveis” são a Rússia, a Coreia do Norte, o Irão, a Venezuela, Cuba e a China, neste momento o país mais avançado no desenvolvimento de novas tecnologias e na recolha de dados a nível mundial. Além de temer dar acesso aos dados dos norte-americanos, Washington diz estar preocupado com o facto de esta recolha poder ser utilizada para traçar o perfil de jornalistas, activistas, dissidentes ou opositores políticos de Governos, a fim de os intimidar ou pressionar.
Os dados considerados sensíveis pelo decreto são particularmente vastos e incluem informações sobre saúde e dados financeiros, bem como dados genoma, biométricos e de geolocalização. "As potências estrangeiras hostis estão a utilizar como armas os dados recolhidos e as capacidades oferecidas pela inteligência artificial (IA) para atingir os americanos", denunciou o procurador-geral adjunto Matthew Olsen, em comunicado.
A Casa Branca acrescentou que "os actores maliciosos podem usar estes dados para seguir os norte-americanos, interferir nas suas vidas pessoais e transmiti-los a correctores especializados ou a serviços de inteligência estrangeiros".
Também a porta-voz da Embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, reconheceu o direito de um Estado de proteger os dados pessoais dos seus cidadãos, mas defendeu que "estas medidas devem ser razoáveis e bem fundamentadas", mas "não devem ter como objectivo proibir determinados países ou empresas".
Para William Reinsch, conselheiro sénior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), a Casa Branca poderia "especificar quais as categorias de dados que podem ser exportados e quais as que necessitam de uma autorização específica".
Esta decisão surge numa altura em que a recolha e, sobretudo, a utilização de dados ganha importância com o desenvolvimento da IA, bem como dos veículos eléctricos e inteligentes, muitas vezes equipados com sensores que permitem a sua localização, cujos principais intervenientes são agora os chineses.
"A venda de dados pessoais dos americanos representa um risco significativo em termos de privacidade, contraespionagem, chantagem e outros riscos para a segurança nacional”, afirmou a Casa Branca.
Pequim confiante na cooperação em vários domínios económicos
O Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang, reuniu com uma delegação da Câmara de Comércio dos Estados Unidos da América, liderada pela sua presidente e directora executiva, Suzanne Clark, manifestando confiança na cooperação entre os dois países por "ser a escolha certa”.
Qiang recordou no encontro de quarta-feira, que em 2024 se assinala o 45.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e os Estados Unidos, tendo afirmado que estes anos mostraram que ambos os países "beneficiam com a cooperação e perdem com a confrontação", segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
O Primeiro-Ministro chinês manifestou a disponibilidade" da China para trabalhar com os Estados Unidos com base nos princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação, sublinhando que as economias da China e dos Estados Unidos são "altamente complementares” e os seus interesses estão "profundamente integrados”.
Li referiu que as duas partes devem ser "parceiras", e "não rivais", e avisou que a adoção de estratégias de "desvinculação" não é do interesse fundamental de nenhuma das partes.
Por sua vez, a presidente e directora executiva da Câmara de Comércio dos Estados Unidos da América, Suzanne Clark, afirmou que a relação entre os EUA e a China é "extremamente importante" e estão "dispostos a actuar como uma ponte" para "estabelecer uma comunicação mais aberta e um intercâmbio sincero".
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