Cultura

Falta de locais próprios para fazedores de teatro

Alfredo Ferreira | Caxito

Jornalista

O chefe de Departamento da Acção Cultural do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos do Bengo, Luís Kaquenda, afirmou que a província controla cerca 20 grupos teatrais, com realce para a agremiação Novo Horizonte, que se destaca entre os demais devido ao seu dinamismo. Luís Kaquenda avaliou, em entrevista ao Jornal de Angola, que o teatro está em crescimento na província do Bengo, apesar da falta de salas para exibição.

29/03/2024  Última atualização 12H35
A centralidade do Capari tem sido o palco para os grupos locais © Fotografia por: Alfredo ferreira | edições novembro

"Como o teatro não se faz apenas em espaços fechados, os artistas estão empenhados em fazer os seus trabalhos nos vários locais abertos dos seis municípios que compõem o Bengo. Esta é a solução necessária, para que os fazedores das artes cénicas possam  conquistar o seu espaço”, reiterou Luís Kaquenda. Quanto ao Cine Teatro de Caxito, apontado como uma das soluções,  afirmou que o departamento que dirige está a negociar para ver se os grupos encontram mecanismos para fazerem uso do mesmo, pagando preços justos, visto estar sob gestão privada.

Por sua vez, o delegado provincial da Associação Angolana de Teatro

(AAT no Bengo), Ngonga Domingos "Avô Ngonga”, lamentou o facto  de existirem neste momento poucos grupos a trabalhar, em comparação aos tempos passados.

"Não se sabe ao certo, mas aqui no município do Dande dos sete apenas quatro estão no activo e a trabalhar como tal. Há alguns que dizem que trabalham, mas é mesmo só nos bastidores”, afirmou Avô Ngola.

Por isso, o delegado da AAT considera que o estado do teatro no Bengo, a julgar pela regularidade das actividades dos grupos, encontra-se mal, embora reconheça como satisfatório o movimento cultural no geral.

 "Há grupos a trabalhar, como é o caso do Novo Horizonte, Teatro e Caminheiros Alegres de Caxito, que recentemente tiveram duas apresentações e estão com um projecto de exibição de teatro à quinta- feira na Centralidade do Capari”, destacou.

Por outro lado, o responsável lamentou que os grupos não têm o apoio esperado das instituições públicas, situação que deixa os fazedores de teatro tristes e desinteressados com a arte. 

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