O Festival Internacional de Jazz realiza-se, hoje e amanhã, a partir das 17h30, na Baía de Luanda, um evento que vai contar com a participação de 40 artistas e combinar a música e as artes visuais.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, felicitou segunda-feira, em Luanda, os grupos de dança do país pela relevância que esta linguagem corporal representa, quer como manifestação artística, quer como riqueza patrimonial, dada a diversidade de estilos em presença.
A escritora brasileira Fernanda Ribeiro é a vencedora da 9ª edição do prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa com o romance "Cantagalo", uma "alegoria de todo o Brasil", anunciou a organização das cidades da lusofonia na quarta-feira.
O júri do prémio deste ano atribuiu ainda duas menções honrosas, a primeira à poesia do brasileiro Frederico da Cruz Vieira de Sousa, com o título "Chão de Saibro”, e outra ao romance A Sintaxe da Guerra, do angolano Joaquim Njungo Jeremias, de 29 anos, natural do Luena, província do Moxico.
Cantagalo é, segundo o júri, "um romance de família, com Praxedes, nome obtuso, como centro da ficção. História de peripécias rápidas, diálogos vivos, o que atravessa este livro como rio subterrâneo é não só a condição feminina e a questão da escrita, mas a própria condição do livro como possibilidade de escapar a uma vida vazia, concreta, feita de cenas sem sentido nesse lugar - Cantagalo - que é alegoria de todo o Brasil. Tudo numa dicção autêntica, um modo de pôr as personagens a falar que lembra, de facto, um outro mundo”, lê-se na nota divulgada à imprensa.
Relativamente às menções honrosas, o júri destaca em Chão de Saibro as "experiências gráficas da poesia visual, da experimentação icónica do texto, transformado em verdadeiro texto-trama, tecido de palavras", considerando o livro de Frederico Vieira de Sousa um conjunto de poemas "o som e seus jogos se sobrepõem ao significado".
No romance A Sintaxe da Guerra, do angolano de 29 anos Joaquim Njungo Jeremias, de acordo com o júri do prémio, "África canta a sua dor" e os protagonistas "são alegorias de todos os que enfrentaram a guerra colonial".
"Trata-se de descobrir neste livro de prosa descritiva, de diálogos intensos, de fotografias ao interior de vários infernos, um modo de narrar que articula o performativo com o romance social, onde a mensagem da antiguerra é só o nível mais óbvio desta voz comprometida", afirma o júri.
O concurso para a edição do prémio deste ano foi lançado a 7 de Maio de 2023 e encerrado a 3 de Dezembro, tendo sido recebidas 168 candidaturas oriundas de 15 países na Ásia (Timor-Leste); África (países de língua portuguesa e Senegal); América (Brasil); Europa (Alemanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, Suíça); e Médio Oriente (Israel).
O corpo de júri desta edição foi composto pelo brasileiro Domício Proença, o caboverdiano Germano Almeida, o angolano Hélder Simbad, a santomense Inocência Mata, o português Pires Laranjeira, o moçambicano Luís Carlos Patraquim, o timorense Luís Costa; guineense Tony Tcheka, o macaense Yao Jing Ming, aos quais se juntaram João Pinto Sousa, pelo Movimento 800 anos da Língua Portuguesa, e Rui Lourido, em representação da UCCLA.
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