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Festival de Kizomba: Artistas nacionais e antilhanos proporcionam momentos de nostalgia

Francky Vicent e a performance de Alcino, Eduína, Jorge e Yola Semedo como Impactus 4 foram dos momentos mais esperados e aclamados pela assistência, durante a III edição do Festival da Kizomba. O evento encerrou domingo no Palanca Place e teve como espectáculo principal o realizado na tenda do Centro de Convenções de Belas (CCB), realizado na quinta-feira, em Talatona.

11/03/2024  Última atualização 07H39
© Fotografia por: Paulino Damião | Edições Novembro

Dina Medina, Christian Yeye, Ângelo Boss, Rui Last One, Pato e Nhõ Lima foram os outros participantes do evento que também "impactaram” musicalmente na festa da kizomba.

Depois do concerto épico dos Impactus 4, a banda promete um novo disco para este ano. O grupo foi muito bem acarinhado pelos "filhos de Angola”,  com  fãs de todas as idades e deixaram eufórica a assistência na terceira edição do Festival da Kizomba. Os Impactus 4, como os outros artistas fizeram  um verdadeiro desfile de vários êxitos que marcaram gerações.

Puxados pela plateia no tema "Menina”  Jorge, Eduína e Alcino, no baixo e bateria arrancaram a viagem dos Impactus 4. A mais nova dos Semedo soltou a voz pela primeira vez em "Só você me faz feliz” numa noite onde não faltou "Paixão Antiga” também conhecida por "Guida”, dueto entre Jorge e Yola Semedo. O grupo foi acompanhado em uníssono pela plateia nos temas  "Ingrato” e "Magui” na parte final da passagem dos Impactus 4.

Yola Semedo disse "é uma honra muito grande ter participado no Festival da Kizomba e dizer que estamos a ser bem reconhecidos deu para ver que o público estava com saudades do grupo”. A artista anunciou que os Impactus 4 vão apresentar um novo álbum este ano.

 
A prata de casa e os convidados

Pato agitou a tenda do CCB, no dia do seu aniversário e foi bem-sucedido em "Celly” e "Minha Mulata”. A ausência dos grandes palcos não o fez esquecer a ginga da dança. O público de forma contagiante gritava pelo nome do cantor.

O artista avançou algumas novidades que está a preparar para um novo álbum, com novas roupagens dos temas antigos e um dueto com um dos músicos mais conceituados da kizomba que não aceitou revelar o nome.  Pato também revelou que vai estrear-se como actor no cinema brevemente.

Ângelo Boss  mostrou-se ser um monstro do estilo kizomba e fez uma viagem pelo baú onde apresentou um repertório com temas que marcam a sua carreira.

O artista regressa ao país no ano que completa 40 anos de carreira e fez dançar e cantar com sucessos como  "Big Boss”, "Paula Sexy” e "Bebedeira”. Em jeito de homenagem ao amigo e colega Beto de Almeida interpretou "Ngapa” dos Irmãos Almeida. Ângelo Boss agradeceu a recepção do público e sentiu que ainda é "dos mais queridos”.

O antilhano Francky Vicent foi o último artista a pisar o palco do CCB. Mostrou a irmandade entre o zouk e a kizomba e deixou a tenda aos pulos. Fez vibrar ao som de "Fruit de la passion”, "Virgin” e "C`est bom” tema que encerrou o espectáculo e juntou todos os participantes.

O outro representante do zouk, Christian Yeye cantou e encantou com um reportório onde contagiou os mais velhos e os mais novos que ficaram a conhecer o  autor de sucessos como "Le mwen levé” e "Europe Soul”.

O cabo-verdiano, Nhone Lima, com o estilo cabo-zouk, "primo próximo” da kizomba aqueceu a noite de emoções com "Hoje” do reportório que preparou. 

"Lúcia” outro dos grandes sucessos em Angola foi muito apreciado  numa viagem de trinta minutos que chegou ao fim com " Volta  Cretcheu”.

Em declarações à imprensa, o músico disse que há 23 anos que não visitava o país. " Não sabia que ainda tinha tantos fãs em Angola. Gostei, foi um prazer muito grande, espero "voltar em breve”, rematou o músico. 

Outra voz de Cabo-Verde que contagiou os presentes, foi Dina Medina que fez uma  revirada ao  baú para mergulhar em vários sucessos com destaque para "Amor de mãe”, "É Bo” dueto com Jorge Semedo, "Mal de Amor” e "Xintido Cansado”. Durante a presença em palco as músicas foram seguidas ao pé da letra pela assistência.

Rui Last conhecido pelas músicas como "Morabeza”, "Ke bo” teve o grande momento em "Sem nha mota” cartão de visita. A boa performance de todos os artistas também esteve relacionada ao desempenho dos instrumentistas angolanos das bandas de acompanhamento. 

 
Mais Festival da Kizomba

Estes artistas sucederam nomes como de Thierry Cham, Yola Araújo, Janota,  Ariete Furtado, Os Versáteis, Johnny Ramos, Margareth do Rosário, O2, Vado, dentre outros nomes nacionais e internacionais. Em Julho do ano passado, aconteceu a segunda edição marcada pela homenagem a Eduardo Paim.

No final da jornada Nuno Monster, responsável  do concerto disse que o feedback foi positivo. "Alcançámos o que esperávamos mesmo com algumas falhas conseguimos superar as expectativas”. O jovem promotor reconheceu que o Festival de Kizomba já é uma marca para os angolanos e reforçou a intenção  de expandir para outras províncias do país e exterior. A próxima edição acontecerá em Outubro do ano em curso.


Analtino Santos/ Alice André

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