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França acelera envio de armamento a Kiev

O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, avançou que está preparado para usar os seus poderes para requisitar capacidades industriais ou impor prioridades a fabricantes, a fim de acelerar a produção de armas e munições necessárias no campo de batalha na Ucrânia e em outros lugares.

28/03/2024  Última atualização 12H08
Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu © Fotografia por: DR
"Essas questões estão claramente sobre a mesa", disse Lecornu em conferência de imprensa, na terça-feira, acrescentando que os estoques e as linhas de produção estão particularmente tensas no que diz respeito a mísseis anti-aéreos e projécteis de artilharia, segundo a Reuters.

A procura externa por armas produzidas na França cresceu, especialmente por sistemas anti-defesa, de artilharia e de radar expostos na Ucrânia, disse Lecornu, com a indústria de defesa do país a lutar para acompanhar a demanda.

"Perdemos certos contratos com países da Europa Oriental, para os quais os prazos de entrega são mais importantes do que o preço", disse o ministro da Defesa de França.

Se de um lado Paris quer ajudar Kiev com mais armas, por outro, luta contra os produtos alimentícios ucranianos, que estão sob regras vantajosas quando comparados aos de outros países da União Europeia (UE).

A França e um grupo de outros países do bloco europeu estão a pressionar por maiores restrições às importações de produtos alimentícios da Ucrânia,  para evitar a desestabilização dos mercados agrícolas.

Os países-membros estão a debater como conceder à Ucrânia uma extensão adicional de um ano de acesso isento de tarifas aos seus mercados, ao mesmo tempo que aplacam os agricultores que protestam durante meses contra as regras ambientais da União Europeia e as importações baratas.

O ministro da Agricultura francês, Marc Fesneau, disse a jornalistas antes de uma reunião com os seus homólogos da UE em Bruxelas, na terça-feira, que os mercados desestabilizados poderiam minar o apoio público a Kiev.

Nas proximidades, os agricultores sobrecarregaram o distrito da União Europeia com cerca de 250 tractores, incluindo uma estrada principal para Bruxelas e a praça em frente ao Parlamento Europeu, relata a imprensa.

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