Mundo

França fala em crime de guerra em Rafah

O Presidente francês, Emmanuel Macron, marcou a sua firme oposição a uma ofensiva israelita sobre a cidade de Rafah, sul da Faixa de Gaza, advertindo que "a transferência forçada de população constitui um crime de guerra".

26/03/2024  Última atualização 09H42
Emmanuel Macron advertiu o Primeiro-Ministro israelita © Fotografia por: DR
No decurso de um contacto telefónico, no domingo, com o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o dirigente francês também condenou "firmemente os recentes anúncios israelitas em matéria de colonização", indicou o Eliseu em comunicado.

Israel anunciou, na sexta-feira, a expropriação de 800 hectares de terras na Cisjordânia ocupada. Macron também manifestou a intenção de apresentar no Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução que apele a "um cessar-fogo imediato e duradouro" em Gaza.

Moscovo e Pequim opuseram-se a uma proposta de resolução apresentada por Washington, ao denunciarem, designadamente, um texto hipócrita. O Presidente francês insistiu para que Israel "abra, sem atrasos e sem condições, todos os pontos de passagem terrestres existentes em direcção à Faixa de Gaza".

Emmanuel Macron também contactou por telefone o rei Abdullah II da Jordânia. Os dois dirigentes "abordaram o balanço e a situação humanitária injustificáveis em Gaza", segundo o Eliseu. Ambos concordaram na necessidade de um cessar-fogo "imediato e durável" e "insistiram ser injustificável submeter civis a um risco de fome".

Também defenderam uma solução de dois Estados, "que responde às aspirações legítimas de israelitas e palestinianos à paz e segurança", e que "implique a criação de um Estado palestiniano que inclua Gaza".

O Exército de Israel iniciou uma ofensiva generalizada sobre a Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a 7 de Outubro de 2023 contra alvos militares, policiais e civis israelitas perto do enclave palestiniano.

No entanto, a população da Faixa de Gaza se confronta com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo