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Fretilin pede reforço das acções para jovens

A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) alertou, segunda-feira, para a necessidade de se criar mais empregos para os jovens, que representam a maioria da população do país, tendo criticado o Governo pelo fraco investimento na juventude.

05/03/2024  Última atualização 09H50
© Fotografia por: DR

"Infelizmente, não vemos nenhum programa ou medidas concretas do Governo no sentido de criar espaços e oportunidades para desenvolver as potencialidades e capacidades [dos jovens], assim como ajudar a juventude a participar no processo de desenvolvimento", afirmou a deputada da Fretilin, Nuri Alkatiri, citada pela Lusa.

 Nuri Alkatiri falava no parlamento nacional durante a apresentação de uma declaração política sobre desemprego jovem. Segundo a deputada timorense, 74% da população do país, que ronda os 1,3 milhões de habitantes, tem idade inferior a 35 anos.

 "Isso significa que a população de Timor-Leste é composta maioritariamente por jovens e crianças. Um número que traz esperança, mas também responsabilidade de investir em políticas e programas que coloquem os jovens no centro e como protagonistas do processo de desenvolvimento”, disse. Salientando que o desemprego entre os jovens é preocupante, a deputada alerta que Timor-Leste está a desperdiçar os seus recursos.

 "É urgente e prioritário que o Estado crie condições para garantir emprego aos jovens, que lhes permita sobreviver e viver com dignidade no seu próprio país”, afirmou. A deputada questionou também o Governo sobre as "medidas concretas" para criar emprego, assim como os 50 mil postos de trabalho prometidos, salientando que a única medida que encontrou foram os "programas que levam jovens para trabalhar em outros países”.

 "O Governo gastou mais de 16 mil milhões de dólares nos últimos 10 anos, mas os jovens continuam a enfrentar uma realidade difícil. Se não prestarmos atenção urgente e não investirmos na criação de emprego no nosso país, o problema poderá multiplicar-se nos próximos cinco ou 10 anos", afirmou Nuri Alkatiri.

 Dados do Banco Mundial, divulgados em Novembro de 2023, indicam que cerca de 20% dos jovens timorense, com idades entre os 15 e os 24 anos, não estudam, nem trabalham devido à falta de educação, limitações na prestação da saúde e ineficácia da protecção social.

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