O coordenador do grupo de trabalho da educação da 6.ª Comissão da Assembleia Nacional, Pedro Tanda, explicou que a visita surge em cumprimento da missão parlamentar, no sentido de compreender melhor as questões ligadas às instituições que desempenham um importante papel na formação de quadros.

"Conseguimos constatar a realidade destas escolas, os grandes projectos estruturantes, mas, infelizmente, encontram dificuldades para o pagamento dos serviços prestados por várias empresas, devido ao orçamento reduzido que recebem. Vamos advogar junto dos órgãos de soberania, sobretudo, nas discussões do Orçamento Geral do Estado, para que se ultrapassem estas dificuldades”, sublinhou.

Por sua vez, o secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias, disse que a visita dos deputados da 6.ª Comissão permitiu analisar o funcionamento e os projectos do INFQE e do Instituto Técnico Médio de Gestão do Kikolo, para se encontrarem soluções das principais dificuldades.

"Foi um encontro bastante profícuo, porque fizemos uma retrospectiva daquilo que foram as realizações do ano passado e foi possível identificar objectivos para dar continuidade à missão de formar quer a nível médio e técnico-profissional quer a nível da formação contínua dos quadros do sector da Educação”, explicou.

Gildo Matias acrescentou que o sector vai continuar focado no asseguramento da qualidade dos cursos de formação de professores, sobretudo de jovens e mulheres, no sentido de desempenharem com dedicação o papel docente.

Actualmente, explicou, existem dois grandes projectos a decorrer a nível do Ministério da Educação, nomeadamente o de Revitalização do Ensino Técnico-Profissional e o de Apoio à Formação Agrícola Rural.

Por parte dos deputados, disse, recebemos sugestões relativas à melhoria do processo organizacional da formação contínua, das políticas de inserção no mercado de trabalho e outras.

Segundo o secretário de Estado para o Ensino Secundário, o Instituto Nacional de Formação de Quadros da Educação tem duas vocações. A primeira tem a missão de proporcionar e supervisionar a formação inicial de professores e outras áreas do ensino técnico-profissional, onde mais de 14 mil pessoas são formadas anualmente.

A outra responsabilidade do instituto diz respeito à formação contínua dos mais de 300 mil professores abrangidos no sistema educativo, em várias temáticas, desde a capacitação para a educação de infância, ensino primário e secundário, gestores escolares, auxiliares e outros intervenientes na actividade educativa.

Apesar das dificuldades, acrescentou, o balanço do funcionamento das instituições é positivo, porque notou-se a predisposição de se continuar a garantir um sistema de educação de qualidade, acessível e que promova o empoderamento dos angolanos.

O director do Instituto Técnico de Gestão do Kikolo n.º 3092, Domingos Carvalho, fez saber que a instituição carece de obras de reabilitação, ampliação e apetrechamento, pois, desde a sua entrada em funcionamento, em 2000, nunca beneficiou de nenhuma intervenção.

O Instituto Técnico de Gestão do Kikolo n.º 3092, onde, actualmente, estão matriculados 2.997 alunos, necessita, igualmente, de um campo multiuso e ser uma instituição orçamentada.