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Geraldo Nunda defende produção de escritos sobre o 4 de Fevereiro

JA Online

O embaixador de Angola no Reino Unido da Grã Bretanha, Irlanda do Norte e República da Irlanda, Geraldo Nunda, defendeu, este sábado, a necessidade de se produzir escritos que relatam o acto heróico do 4 de Fevereiro de 1961, pelo seu impacto e relevância na vida dos angolanos.

24/02/2024  Última atualização 15H00
© Fotografia por: Cedida
O diplomata falava durante um Webinar sobre os testemunhos dos sobreviventes do 4 de Fevereiro destinado à comunidade angolana no Reino Unido, Grã Bretanha e Irlanda do Norte.

Na sua intervenção, Geraldo Nunda destacou que "com os sobreviventes do memorável 4 de Fevereiro aprendemos que não temos outra pátria. "Angola é o nosso refúgio e por ela, pelos mais de 34 milhões que nela habitam, devemos todos os dia dar o melhor de cada um de nós”, enfatizou citado num comunicado de imprensa.

Na ocasião, o diplomata lembrou, também, que "a cada um de nós que Angola que motivou o 4 de Fevereiro de 1961 e Angola que hoje queremos não se fez nem se fará apenas com intenções, precisamos de construi-la com acções diárias e comprometidas com todos, sem qualquer exclusão”. 

Testemunhos

Por sua vez, a tenente-general na reforma e Rainha do 4 de Fevereiro, Engrácia Cabenha, revelou que orar e falar com Deus foi um dos factores de inspiração para a bravura dos nacionalistas que participaram na acção heróica do 4 de Fevereiro de 1961.

Interagindo com jovens estudantes e membros da comunidade angolana no Reino Unido e noutras regiões do mundo, Engrácia Cabenha contou que o acto de assalto foi bem preparado, e envolveu mais de três mil homens e só com uma única mulher, no caso, ela, hoje a sobrevivente.

No acto do 4 de Fevereiro, uma das tarefas de Engrácia Cabenha era preparar os camaradas espiritual e materialmente.

Como palestrantes do Webinar também intervieram os sobreviventes, tenentes-generais na reforma, Pedro Van-Dúnem, Amadeu Martins e Agostinho Inácio que deixaram bem claro que o assalto à Cadeia de Reclusão, antiga Sétima Esquadra e outros pontos estratégicos foi bem preparado desde finais dos anos 50, com instruções de comandos clandestinos, entre eles o Cónego Manuel das Neves.

O referido Webinar foi organizado pela Embaixada de Angola no Reino Unido da Grã Bretanha, Irlanda do Norte e na República da Irlanda, em parceria com o Posto Consular de Londres, no âmbito das celebrações do Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, sob o lema "Preservando os Valores da Pátria, Honremos os Nossos Heróis". 

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