A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
O Primeiro-Ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, admitiu, neste sábado, a necessidade de apoio adicional a Cabo Delgado face à fuga de dezenas de pessoas devido aos novos ataques, situação que está a criar "problemas de alimentação".
"Os recursos nunca chegam. A província necessita de apoios adicionais e temos feito tudo usando, também, os nossos parceiros", disse aos jornalistas Adriano Maleiane, citado pela Lusa à porta do Parlamento moçambicano, após uma sessão plenária.
O Primeiro-Ministro adiantou que não é fácil combater o terrorismo, apelando à colaboração de todos na denúncia das acções dos grupos insurgentes, que protagonizam ataques armados em Cabo Delgado desde 2017.
O governante afirmou que todos os sistemas de apoio do país estão em alerta e a redobrar esforços para ajudar os deslocados, apelando também para a solidariedade dos moçambicanos face à situação humanitária de Cabo Delgado. "A situação é lamentável, porque depois tem aquela população toda a ter de se movimentar de um lado para o outro e isso está a criar problemas de alimentação. Temos de encontrar solução para as pessoas e é isso que o Governo está a fazer", disse Adriano Maleiane.
A nova vaga de violência armada em Cabo Delgado dominou na quinta-feira os discursos de reinício das sessões plenárias do parlamento, com a oposição a exigir que o executivo encontre mecanismos de diálogo com os insurgentes. Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou há uma semana a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses. A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos alguns ataques reivindicados pelo EI, o que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Rwanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos do gás.
A Agência de Cooperação Internacional da Coreia do Sul (KOICA) comprometeu-se a disponibilizar quatro milhões de dólares ao Programa Alimentar Mundial (PAM) para apoiar os deslocados internos na província de Cabo Delgado.
O acordo para o efeito foi assinado na quarta-feira pela directora da KOICA em Moçambique, Jinjoo Hyun, e a responsável e representante do PAM nesse país, Antonella D’Aprile, segundo a agência moçambicana de notícias.
O montante será entregue ao PAM no âmbito do projecto intitulado "Melhorar a segurança alimentar e a resiliência das comunidades vulneráveis é contribuir para o nexo Humanitário-Desenvolvimento-Paz em áreas fragilizadas do Norte de Moçambique”. A contribuição será também usada para restaurar ecossistemas locais e fortalecer a resiliência da comunidade a eventos climáticos extremos, na província de Cabo Delgado, nos próximos três anos.
Inclui iniciativas para capacitar dezenas de milhares de pessoas afectadas por conflitos em curso no Norte de Moçambique, em linha com os esforços mais amplos de estabilização e construção da paz na região.
"Este projecto, implementado no âmbito do Programa de Conflito e Fragilidade, aumentará a resistência de 50 mil beneficiários e apoiará os seus esforços para construir um futuro pacífico e resiliente, dando prioridade às famílias chefiadas por mulheres”, frisou Jinjoo Hyun.
Cheias isolam população na região Norte do país
Populares isolados devido à subida do caudal de rios em alguns distritos da província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, temem por novos ataques rebeldes face à nova onda de violência armada registada nas últimas semanas. "Não há circulação de viaturas porque o rio Messalo está cheio. Não sei se isso não vai ser um problema para nós, porque os terroristas podem aproveitar-se disso para nos atormentar, por saberem que a ajuda pode chegar, mas de forma demorada", disse à Lusa um residente da localidade de Miangalewa, no distrito de Muidumbe, um dos que foram mais afectados no início da insurgência naquela província, em 2017.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO Secretário-Geral da ONU, António Guterres, saudou, ontem, a posse do conselho de transição presidencial no Haiti e pediu que implemente o acordo para o regresso à democracia plena, informou a AFP.
O embaixador da Palestina acreditado em Angola, Jubrael Alshomali, considerou, quinta-feira, em Luanda, que os problemas do povo palestiniano começaram em 1948 quando o que chamou de “colonos judeus chegaram para proteger os interesses da Inglaterra e dos Estados Unidos na região”.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.
Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
A judoca angolana Maria Niangi, da categoria dos -70 kg, consegui o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Verão, Paris'2024, ao conquistar, sexta-feira, a medalha de ouro no Campeonato Africano de Judo que decorre na Argélia.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O Governo do Bié iniciou a montagem de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas nos nove municípios da província, pelo elevado número de pessoas que morreram nas últimas chuvas, devido a este fenómeno, garantiu, sexta-feira, o governador Pereira Alfredo.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.