Política

Governos de Angola e do Djibouti decididem relançar a cooperação

Garrido Fragoso | Addis Abeba

Jornalista

Os Governos de Angola e do Djibouti manifestaram, ontem, em Adis Abeba, Etiópia, a determinação em relançar a cooperação com benefícios recíprocos em vários sectores, após a assinatura do Acordo Geral de Cooperação Económica, Técnica, Social e Científica.

17/02/2024  Última atualização 09H45
Téte António rubricou o documento com o homólogo do Djibouti © Fotografia por: Paulo Mulaza | Edições Novembro | Adis abeba
O instrumento jurídico, rubricado pelos ministros das Relações Exteriores de Angola, Téte António, e do Djibouti, Mahmoud Ali Youssouf, na sede da Embaixada daquele país africano na Etiópia, abre as portas para os dois países poderem cooperar nos mais variados domínios.

Ainda ontem, no mesmo local, Téte António e Mahmoud Ali Youssouf rubricaram mais dois instrumentos jurídicos, nomeadamente o Acordo entre os Governos de Angola e do Djibouti sobre a Isenção de Vistos para Titulares de Passaportes Diplomático e de Serviço, bem como o Memorando de Entendimento sobre Consultas Políticas entre os Ministérios das Relações Exteriores dos dois países.

Aos jornalistas, no final da cerimónia de assinatura dos acordos, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, considerou "histórica” a assinatura dos referidos instrumentos.  O Acordo Geral de Cooperação bilateral visa assentar as bases de cooperação económica, técnica, social e científica entre as suas instituições interessadas, pessoas jurídicas e físicas no território de cada uma das partes, com base no princípio da igualdade, reciprocidade de vantagens e de respeito pela soberania dos dois países.

Permanência em países será por um período de 90 dias

O Acordo de Isenção de Vistos permitirá que os cidadãos de ambos os países transitem nos pontos de passagem fronteiriça designados para o tráfego internacional de passageiros e autorizados a permanecer no território de outra parte  por um período máximo de 90 dias, dentro de um período de isenção de 180 dias.

Os dois países pretendem cooperar nos domínios Político-Diplomático, da Defesa e Segurança, incluindo na luta contra o terrorismo, Indústria, Comércio e Logística, incluindo Transportes, Energia e Infra-estruturas.

Angola e Djibouti pretendem também partilhar experiências no domínio da Gestão Portuária e fomentar o intercâmbio a nível do sector empresarial privado.

O Djibouti está localizado no Corno de África, fala predominantemente o francês e árabe e possui um PIB de 3,483 biliões de dólares.

A população nacional é composta por cerca de 879 mil habitantes, dos quais 76 por cento residem em áreas urbanas. A maioria da população enfrenta diversos problemas económicos e sociais.  A taxa de mortalidade infantil é de 80 para cada mil nascidos vivos e o índice de analfabetismo é de 30 por cento, sendo que a maioria vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1,25 dólares por dia.

A economia do país é pouco desenvolvida, o que faz do país um dos mais pobres do planeta. O solo e o clima não contribuem para a prática da agricultura e o país é obrigado a importar a maioria dos alimentos.

O porto da capital constitui a principal fonte de receitas financeiras, além de investimentos dos Estados Unidos da América e da França.

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