De acordo com a mentora do projecto, Felicidade Cassule, em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o grupo quer continuar a valorizar a cultura nacional e resgatar alguns costumes que se perderam nos últimos tempos.

O espectáculo a ser realizado, hoje, explicou, vai servir, igualmente, para celebrar o nono aniversário do conjunto. "O grupo completou no mês de Fevereiro, mais um ano de existência e, como jeito de celebração, estamos a realizar o espectáculo para comemorar mais um aniversário do grupo”.

Segundo a mentora, a obra Antropogêneses retrata a história do povo angolano sobre a essência cultural e visa resgatar os vários aspectos da ancestralidade, que culmina com a preservação desta grande malha cultural do país.

Felicidade Cassule disse, ainda, que a obra é uma miscelânea e tem uma variedade de temas direccionada às várias regiões, com realce para as províncias de Cuanza-Sul, Bengo e Luanda.

"Com este espectáculo, queremos fazer uma viagem sobre o passado do homem, para que os mais jovens entendam melhor sobre a sua existência, a origem e identidade cultural”.

Para além da dança, argumentou, o grupo vai apresentar ainda mais duas disciplinas artísticas, o teatro e a música, de maneira que o público entenda melhor sobre as histórias ou os temas exibidos durante o concerto.

Felicidade Cassule frisou que um dos temas a ser exibido durante as duas horas de espectáculo, é sobre o parto tradicional. "Queremos com esta temática mostrar a importância dos partos tradicionais nas comunidades, porque, para além do hospital a mulher pode dar à luz em outros lugares, a título de exemplo em casa”.

Um grupo social e recreativo

Caracterizado por ser um grupo social e recreativo, Kupolo Njila tem apostado no estilo tradicional, focando-se nas danças ancestrais. Fundado a  3 de Fevereiro de 2015 e dirigido por Felicidade Manuel Cassule, o grupo é composto por 30 elementos, desde percussionistas, direcção e bailarinos.