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Guiné-Bissau defende gestão comum das águas partilhadas

O Governo da Guiné-Bissau defendeu, ontem, a criação de um organismo para a gestão comum da água partilhada por vários países, para evitar tensões e conflitos em África.

10/02/2024  Última atualização 13H35
Água, apontam alguns estudos, poderá ser causa de guerras © Fotografia por: DR

A ideia foi apresentada pelo ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambú, no encontro nacional sobre a implementação da Convenção da Água, que decorreu, ontem, em Bissau.

A Guiné-Bissau partilha vários recursos de água com países vizinhos, dos quais depende grande parte da população guineense, como referiu o governante, alertando que esta realidade "tem conduzido a um risco de conflito entre os países que partilham essas águas". Para evitar tensões, continuou, "torna-se fundamental estabelecer um mecanismo de cooperação e concertação permanentes entre os países tributários desses recursos, por forma a instalar um sistema de produção e de gestão dos mesmos".

Para o ministro guineense, esta solução "só pode ser encontrada através da construção de sinergias entre Estados", com soluções como um organismo de gestão comum de bacias hidrográficas, à semelhança do que já acontece com o rio Gâmbia. A Guiné-Bissau aderiu, em Junho de 2021, à Convenção sobre a Protecção e Utilização de Cursos de Água Transfronteiriços e Lagos Internacionais, à qual aderiram até agora nove países africanos.

Além da Guiné-Bissau, são partes da Convenção da Água também o Chade, Senegal, Ghana, Togo, Camarões, Nigéria, Namíbia e Gâmbia. Sob a liderança do Ministério dos Recursos Naturais, e com o suporte do Secretariado da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa, o país propõe-se desenvolver uma estratégia e um plano nacional para a implementação efectiva da Convenção.

A primeira etapa desse processo começou, ontem, com o encontro nacional para impulsionar o desenvolvimento do Plano Nacional na Mobilização de Recursos Internos e na busca de financiamento externo.

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