Sociedade

Habitantes da Península do Mussulo vão ter rede de distribuição de água

António Cristóvão

Jornalista

A comuna do Mussulo, município de Talatona, em Luanda, vai contar, pela primeira vez, com uma rede de distribuição de água potável, a ser erguida até 2027, revelou, no fim-de-semana, o ministro da Energia e Águas.

25/03/2024  Última atualização 08H05
João Baptista Borges anunciou diversas iniciativas com destaque para uma estação de dessalinização e a construção de uma unidade de gestão da ENDE © Fotografia por: facebook GPL

João Baptista Borges explicou, por ocasião da cerimónia de consignação e o lançamento do projecto de electrificação das áreas periféricas dos centros urbanos e rurais da Península do Mussulo, que a rede de distribuição de água vai ser ligada a partir da zona dos Ramiros.

Para a execução da obra, o ministro garantiu à população e ao governador de Luanda, Manuel Homem, que vai ser construído, na área dos Ramiros, um novo Centro de Distribuição de Água (CD). "O novo Centro de Distribuição, a ser edificado no quadro do projecto Bita, é parte de um sistema de água que está em construção na parte Sul de Luanda”, declarou.

O projecto de construção da rede de distribuição, do sistema de captação, tratamento de água e armazenamento está orçado em perto de três mil milhões de dólares. "São projectos de grande vulto, com um volume financeiro, também, muito grande”, disse.

Dessalinização

Uma Estação de Dessalinização vai ser construída na Península do Mussulo, com cerca de 10 mil metros cúbicos de capacidade, anunciou João Baptista Borges, na Praia do Buraco, sem adiantar ainda a data e o início da construção da infra-estrutura.

Além da instalação da salinização, o ministro garantiu, também, a edificação de uma subestação de tratamento de águas residuais na mesma localidade do município de Talatona. "A rede de saneamento vai ser uma solução do ponto de vista ambiental bastante sustentável”, disse.

Serviços Técnicos

Entre os projectos previstos para a localidade consta, ainda, a construção de uma unidade de gestão da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE-EP), na comuna do Mussulo, para atender às reclamações dos consumidores e ajudar na reparação das avarias.

Ainda sem uma data exacta para o início dos trabalhos, o espaço, explicou, vai ajudar a evitar atrasos na reparação de avarias e atender às reclamações dos consumidores. A futura unidade vai ter meios técnicos adequados para assegurar a manutenção da rede pública.

Vandalismo

João Baptista Borges considerou os actos de destruição dos bens públicos no país e em particular na província de Luanda, acções propositadas de alguns cidadãos, para travar o desenvolvimento dos projectos sócio-económicos e a qualidade de vida das populações.

"São acções organizadas, pois já não podemos falar em situações ocasionais. Elas estão a ocorrer em todo o país e vão afectando infra-estruturas importantes”, declarou, além de apelar para uma maior vigilância dos munícipes e a denúncia de todos os actos de destruição de bens públicos. "O vandalismo é uma preocupação que todos os dias é evidenciada. É preciso travar a destruição deliberada dos bens públicos, pelos prejuízos que causam a maioria da população”, lamentou, apontado como maior preocupação a contínua destruição das Torres de Alta e Média Tensão de energia eléctrica.

Quatro mil famílias beneficiam de novos serviços

Cerca de quatro mil famílias na comuna do Mussulo, província de Luanda, vão ter acesso às ligações domiciliares de energia eléctrica e água potável, anunciou, no fim-de-semana, o ministro da Energia e Águas (MINEA).

João Baptista Borges garantiu que o contrato para a execução do sistema de água e energia eléctrica foi aprovado pelo Presidente da República, João Lourenço. "O Presidente da República deu orientações precisas para que o Mussulo possa ter acesso à energia eléctrica e, também, à água a breve trecho”, informou.

Os problemas da província de Luanda, reconheceu, são relevantes e importantes para todos os habitantes da capital do país. O ministro acredita que a execução destes projectos vai melhorar a qualidade de vida das populações da localidade do Mussulo. "O projecto a ser executado até Dezembro deste ano vai resolver grande parte dos problemas que a população do Mussulo vive”, admitiu.

Em relação à energia eléctrica, João Baptista Borges garantiu que vão ser instalados no Mussulo, cerca de 36 quilómetros de Média Tensão (MT) e mais de 45 km de Baixa Tensão. "É uma infra-estrutura que vai alterar o modo de vida da população local”, contou.

O administrador comunal, Agostinho Lemos, disse que a Península do Mussulo tem uma extensão de 30 quilómetros e 12.500 habitantes, dos quais seis mil flutuantes, pois apenas vão à localidade nos fins-de-semana.

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