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Hamas propõe a Israel uma pausa prolongada

Israel anunciou, ontem, que está a examinar a proposta de uma trégua do Hamas, com a perspectiva de uma calma prolongada, incluindo a libertação de reféns e de um aumento da ajuda" a civis em Gaza, onde se vive uma crise humanitária.

08/02/2024  Última atualização 12H45
Governo de Netanyahu analisa proposta de cessar-fogo © Fotografia por: DR

O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que o projecto de acordo, elaborado no final de Janeiro, em Paris, por mediadores do Qatar, EUA e Egipto, tem um quadro bastante viável. Blinken, que realiza um périplo pelo Médio Oriente, avançou que o Hamas exige um cessar-fogo total, enquanto Israel insiste no fim definitivo da sua ofensiva em Gaza quando o Hamas for eliminado e os reféns libertados.

"A resposta do Hamas foi transmitida pelo mediador do Qatar à Mossad [serviços secretos israelitas]. Os detalhes estão a ser cuidadosamente considerados pelas autoridades envolvidas nas negociações", refere um comunicado do gabinete do Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, citado pela France-Presse (AFP).

O Hamas confirmou que apresentou a sua resposta aos mediadores do Egipto e do Qatar, mas sem especificar o seu conteúdo. Estes desenvolvimentos ocorrem numa altura em que o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, realiza novos contactos para o fim da guerra na Faixa de Gaza.

Ao lado de Blinken, em Doha, o Primeiro-Ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, manifestou-se "optimista" e declarou ter recebido "uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo de reféns" e que "a resposta contém alguns comentários, mas, no geral, é positiva".

Na frente de batalha, não há trégua nos incessantes ataques israelitas, especialmente contra Khan Younes e Rafah, no Sul da Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde do Hamas relatou pelo menos 107 mortes em 24 horas no território palestiniano sitiado e devastado. Na semana passada, uma fonte do movimento palestiniano disse que o projecto de três fases incluía uma trégua de seis semanas durante a qual Israel terá de libertar 200 a 300 prisioneiros palestinianos em troca de 35 a 40 reféns detidos pelo Hamas .

 

 

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